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Rodrigo Mattos

Vôlei negocia renovação com BB e deve escapar de cortes ao esporte olímpico

rodrigomattos

04/09/2016 06h00

Com três medalhas nos Jogos do Rio-2016, o vôlei deve escapar do cenário difícil que afetará o esporte após a Olimpíada. A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) já negocia a renovação do contrato de Banco do Brasil que termina em 2017. E a instituição bancária demonstrou interesse em permanecer.

"Já estamos negociando a renovação, mas não há preocupação porque só acaba o compromisso em 2017", contou o diretor-executivo da CBV, Ricardo Trade. "Nossa intenção é claro que é continuar, mas tem que perguntar para o Banco do Brasil."

Logo após os Jogos, o diretor de marca do BB, Luis Aniceto Cacicchioli, afirmou ao "Estadão" que via com carinho a possibilidade de renovação, elogiando a exposição da marca. Foram três medalhas, sendo duas de ouro e a final do vôlei masculino teve audiência similar a da decisão do futebol.

Uma questão a ser discutida serão os valores. O atual contrato foi revisto em 2014 por conta de denúncia feita pela "ESPN" em que ficou indicado que havia desvio de dinheiro do patrocínio para pessoas ligadas ao ex-presidente da CBV Ary Graça. Houve mudanças na CBV e foram instalados mecanismos de controle para evitar o rompimento do contrato, além de uma redução do montante pago.

Assim como o vôlei, boa parte dos esportes depende de estatais. A questão é que Correios, Caixa Econômica Federal, BNDES e Petrobras se manterão seus patrocínios e se haverá cortes. Além disso, é certa a redução do dinheiro do governo federal diretamente às confederações por meio de convênios.

A diretoria do COB ainda estuda redistribuição do dinheiro da Lei Piva (vindo de loterias federais) entre confederações de acordo com resultados nos Jogos. E, nesta sexta-feira, saiu o superintendente Marcus Vinícius que era o pilar central do programa olímpico do comitê. Por enquanto, Sergio Loco, secretario-executivo, é seu substituto provisório. Ou seja, há um cenário geral de incerteza que não deve atingir o vôlei.

 

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.