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Rodrigo Mattos

Organizadas de Fla e Palmeiras podem ir a jogos sem uniforme, diz STJD

rodrigomattos

17/09/2016 06h00

As organizadas de Palmeiras e Flamengo poderão ir aos jogos dos seus clubes sem uniformes e faixas apesar da punição do STJD que as vetava. E essas duas torcidas visitantes poderão ir aos jogos em outros setores desde que os clubes não recebam carga de ingresso do mandante. Foi o que explicou o procurador do STJD, Felipe Bevilacqua.

Com essa posição, nenhuma das duas torcidas descumpriu a punição no jogo decisivo entre as duas equipes, no Allianz Parque. Ali, havia membros de organizadas do Palmeiras vestidos de branco, e rubro-negros misturados entre os palmeirenses.

"Não pode nenhum adereço ligado à organizada, não tem cota de visitantes, logo, evita-se manifestações, número de torcedores e, principalmente, arrecadação de renda por parte dessas associações e violência", contou Bevilaqua. "Por óbvio, torcedores à paisana (seja de bem ou não), podem comprar o ingresso e ir na torcida adversária, mas convenhamos que muito provavelmente nenhum mal oferecerão."

Essa posição é diferente da expressa pelo presidente do STJD, Ronaldo Piacante, no início da semana. Na ocasião, ele afirmou que não poderia ter presença dos brigões da Mancha Alviverde. Mas, após novos debates no STJD, é essa instrução da procuradoria que parece prevalecer.

O procurador não teme que, desta forma, a pena se torne ineficaz. Segundo ele, a punição foi estabelecida baseada em conversa com autoridades especializadas em segurança, além de um estudo comparado com as aplicações feitas na Europa.

E o objetivo da procuradoria do STJD é minimizar interferências no campeonato, e tentar evitar pena para os torcedores "de bem". Ao mesmo tempo, coibir facções organizadas que protagonizam casos de violência.

"Fazemos o máximo que está ao nosso alcance pra afastar esses marginais", disse o procurador. "Se não funcionar, vamos tentar outras alternativas." A outra opção seria a punição por portões fechados.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.