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Rodrigo Mattos

Renda e gramado tornam Pacaembu queridinho do Fla fora do Rio

rodrigomattos

21/09/2016 06h00

Itinerante enquanto os estádios do Rio estão fechados ou vetados, o Flamengo passou a ver no Pacaembu as melhores condições para o Brasileiro: a renda é alta e o gramado está em boas condições. Já pediu para jogar por lá contra o Santa Cruz, dependendo de aprovação da Fferj e da CBF. A princípio, será só este jogo porque o clube pressiona pela reabertura do Maracanã.

Uma comparação com os dois outros estádios em que o time rubro-negro atua, Kleber Andrade e Mané Garrincha, demonstra as vantagens do Pacaembu. O estádio tem uma capacidade maior e portanto é mais lucrativo do que o do Espírito Santo. Ao mesmo tempo, tem um campo melhor do que a arena brasiliense.

No domingo, diante do Figueirense, o Flamengo ficou com R$ 958 mil de renda líquida, o que representa 64% do total. No Mané Garrincha, levou 56% da receita da partida contra o Grêmio, lucrando R$ 798 mil com uma renda pouco inferior a do Pacaembu.

"O Pacaembu sempre foi uma excelente opção. Mas, por restrição da secretaria de segurança, ele só pode ser usado pelo Flamengo quando não houver nenhum outro jogo simultaneamente na cidade de São Paulo", explicou o presidnte do clube, Eduardo Bandeira de Mello. Ele contou que vê boas condições financeiras nos outros dois estádios, mas que o gramado não está ideal no Mané Garrincha.

Antes de pedir para jogar no Pacaembu, a diretoria do Flamengo consultou o departamento técnico para saber se haveria problemas. Foi informada que não havia grandes diferenças de logística em relação ao Kléber Andrade, já que o tempo de viagem e o gramado são similares.

"Os próprios jogadores elogiaram muito o gramado que se assemelha a Cariacica. Fomos consultados e informamos que não fazia tanta diferença a logística, e tem a questão da renda. Estamos mais acostumados com Cariacica, mas as condições são as mesmas", observou o diretor de futebol do Flamengo, Rodrigo Caetano.

Em Cariacica, o Flamengo ganhou uma cota fixa de R$ 500 mil, o que representa quase metade do que o clube lucrou no Pacaembu. Ou seja, dá para pagar o salário de um astro do clube com a diferença, e a diretoria rubro-negra está abaixo da meta em bilheteria em 2016.

Contra Cruzeiro e na Sul-Americana, o Flamengo continuará a jogar em Cariacica. Depois disso, a aposta é pela pressão da diretoria e da torcida sobre o governo do Estado e o Comitê Rio-2016 para liberar o Maracanã para a partida diante do Corinthians, em 23 de outubro.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.