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Rodrigo Mattos

Fla estima investir ao menos R$ 5 mi na Arena da Ilha e recuperar rápido

rodrigomattos

23/11/2016 05h00

A diretoria do Flamengo estimou um investimento mínimo em torno de R$ 5 milhões e R$ 6 milhões para fazer a Arena da Ilha a sua casa. Esse valor é próximo do gasto do Botafogo para a estrutura no mesmo local. Os rubro-negros esperam pagar o custo rapidamente, apesar de os rivais terem levado prejuízo na operação.

Será o Flamengo que bancará toda a infraestrutura para 20 mil pessoas. O valor pode ser maior pois o rubro-negro pretende investir mais do que o rival: incluirá uma customização do estádio para rubro-negro, e uma reforma completa do gramado. Neste caso, o montante pode chegar até R$ 10 milhões. A estimativa mais precisa ainda está sendo feita.

"No decorrer do campeonato conseguimos essa receita em jogos. Vamos ainda explorar comida, e espaços publicitários. Não é preocupante financeiramente", contou Claudio Pracownick, vice de finanças do Flamengo. Ele disse que ainda há a possibilidade de negociação com o Botafogo para manutenção de algumas estruturas para redução de custo – o adversário, no entanto, deve desmontar tudo.

Em troca da cessão do estádio, a Portuguesa dividirá com o Flamengo algumas receitas da exploração do estádio, mas não terá de fazer investimentos.

Em paralelo, a diretoria do Flamengo estuda fazer proposta para a compra da concessão do Maracanã da Odebrecht se houver oportunidade. Claro, isso dependeria de parceiros e do modelo a ser decidido pelo governo do Estado.

"No Maracanã, a operação é bem mais complexa. Exigiria aí uns dois ou três anos para pagar o investimento", contou Pracownick. Há alguns parceiros que conversam com o clube como a CSM, que conversou com o governo do Estado para saber sobre a compra da concessão.

O grupo Lagardere/BWA, que está mais próximo de fechar negócio com o Estado, está descartado como parceiro do Flamengo. Caso o grupo fique com a concessão, a diretoria rubro-negra deve jogar mais partidas na Arena da Ilha. O aluguel do estádio é, aliás, uma forma de pressionar o governo estadual a rever a solução para o Maracanã.

 

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.