Jogador brasileiro recupera valor após tragédia da Copa, e clubes faturam
Números do mercado de transferência de 2016 mostram que o jogador brasileiro recuperou o valor de mercado após o desastre da Copa-2014 que o tinha desvalorizado. Com isso, aumentaram os ganhos com vendas dos clubes nacionais. O país é tradicionalmente o maior exportador e importador de atletas do mundo em números, a questão é o valor pago.
Pelo relatório do TMS da Fifa relativo a 2016, divulgado na semana passada, o Brasil arrecadou US$ 263,6 milhões (R$ 824,28 milhões) com transferências de jogadores no ano passado. Tornou-se assim o sétimo país com maior receita com saída de atletas, atrás das cinco principais ligas europeias e Portugal.
Para efeito de comparação, o Brasil ganhou US$ 203,9 milhões em 2015. Isso já representava uma queda em 2014 com US$ 221 milhões. Naquele ano, o Brasil perdeu de 7 a 1 para a Alemanha na semifinal do Mundial e os efeitos foram sentido no meio do ano. Logo após o Mundial, cartolas de clubes indicaram que havia tido um queda no interesse em atletas brasileiros e que vinham recebendo menos ligações de europeus.
De novo, como comparação, em 2013, antes do desastre da Copa, o Brasil ganhou Us$ 312 milhões com transferências, valor superior ao do atual ano. Naquela temporada, o país chegou a ser o quarto maior vendedor na frente da Inglaterra. Em 2012, o número foi de US$ 230 milhões, em um período em que o mercado tinha bem menos dinheiro que atualmente.
Os atletas nacionais representam o maior volume de transações considerado todo o mundo, não apenas os que saíram do país. Foram US$ 593,9 milhões no total. O país, no entanto, já liderava essa lista em 2015 com US$ 567 milhões. A diferença é que, em 2015 e 2014, os times europeus priorizavam investir em brasileiros que já estavam na Europa, e agora voltaram a olhar para o país.
Em relação à compra de atletas, o Brasil também aumentou seu poder, como já mostrado pelo blog. Foram US$ 85 milhões no ano passado, um aumento de 140% segundo a Fifa. O número é diferente do divulgado pela CBF que também indica crescimento significativo. Certo é que o Brasil voltou a entrar no top 10 dos compradores do mercado de transferência de jogadores. Neste caso, os novos contratos de televisão e luvas deram poder financeiro aos times nacionais.
O maior crescimento, no entanto, é da China. No ano passado, o país asiático tornou-se o quinto maior comprador do mundo com um total US$ 451 milhões, quase o triplo do ano anterior. Chega a ameaçar países como Espanha, Itália e Alemanha em gastos.
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