Presidente do Fla reclama de custo do Maracanã: 'Estamos sendo espoliados'
Apesar dos resultados esportivos positivos, o Flamengo está bem insatisfeito com o modelo de parceria com a Odebrecht para o uso do Maracanã. Dirigentes rubro-negros reclamam que ficam com um percentual pequeno da renda enquanto uma grande fatia vai para a empresa manter o estádio.
Um exemplo foi o Fla-Flu em que apenas um terço ficou para os clubes. Assim, o total das despesas foi de R$ 2,160 milhões, sendo mais de R$ 600 mil de aluguel. Na Libertadores, o Flamengo deixou mais de R$ 7 milhões para a Odebrecht em três jogos.
"Estamos sendo espoliados no Maracanã", contou o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello. "Esse modelo não dá para ser mantido. Se for assim, não dá."
A Odebrecht entende que o modelo atual é o único para financiar a manutenção do estádio enquanto o governo do Estado do Rio de Janeiro não decide se faz uma nova licitação ou aceita a venda do equipamento. O problema é que essa fórmula pune reduziu consideravelmente os ganhos percentuais dos clubes considerados os contratos com a própria empreiteira.
Neste formato, a diretoria rubro-negra pretende repensar se vai continuar a atuar no Maracanã ou se leva as partidas para a Arena da Ilha, que deve estar liberada para jogos nas próximas semanas. Faltam adaptações pedidas pela polícia e corpo de bombeiros para isolamento da entrada de torcedores rivais.
Os dois próximos jogos estão marcados para o Maracanã. A possibilidade de levar as partidas maiores para Ilha implicará em uma mudança na política nos preços dos ingressos. Ou seja, bilhetes podem ser mais caros para obter a renda similar a do estádio mais tradicional e maior.
Outros aspectos a serem considerados são técnicos. A diretoria pretende ouvir a comissão técnica. "O gramado está perfeito, e a torcida fica bem próxima. Precisamos treinar lá para saber como vai ser", contou o diretor de futebol, Rodrigo Caetano.
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