Topo

Rodrigo Mattos

Presidente do Fla reclama de custo do Maracanã: 'Estamos sendo espoliados'

rodrigomattos

09/05/2017 04h00

Apesar dos resultados esportivos positivos, o Flamengo está bem insatisfeito com o modelo de parceria com a Odebrecht para o uso do Maracanã. Dirigentes rubro-negros reclamam que ficam com um percentual pequeno da renda enquanto uma grande fatia vai para a empresa manter o estádio.

Um exemplo foi o Fla-Flu em que apenas um terço ficou para os clubes. Assim, o total das despesas foi de R$ 2,160 milhões, sendo mais de R$ 600 mil de aluguel. Na Libertadores, o Flamengo deixou mais de R$ 7 milhões para a Odebrecht em três jogos.

"Estamos sendo espoliados no Maracanã", contou o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello. "Esse modelo não dá para ser mantido. Se for assim, não dá."

A Odebrecht entende que o modelo atual é o único para financiar a manutenção do estádio enquanto o governo do Estado do Rio de Janeiro não decide se faz uma nova licitação ou aceita a venda do equipamento. O problema é que essa fórmula pune reduziu consideravelmente os ganhos percentuais dos clubes considerados os contratos com a própria empreiteira.

Neste formato, a diretoria rubro-negra pretende repensar se vai continuar a atuar no Maracanã ou se leva as partidas para a Arena da Ilha, que deve estar liberada para jogos nas próximas semanas. Faltam adaptações pedidas pela polícia e corpo de bombeiros para isolamento da entrada de torcedores rivais.

Os dois próximos jogos estão marcados para o Maracanã. A possibilidade de levar as partidas maiores para Ilha implicará em uma mudança na política nos preços dos ingressos. Ou seja, bilhetes podem ser mais caros para obter a renda similar a do estádio mais tradicional e maior.

Outros aspectos a serem considerados são técnicos. A diretoria pretende ouvir a comissão técnica. "O gramado está perfeito, e a torcida fica bem próxima. Precisamos treinar lá para saber como vai ser", contou o diretor de futebol, Rodrigo Caetano.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.