Topo

Rodrigo Mattos

Com goleadas, Brasileiro tem melhor média de gols na abertura em dez anos

rodrigomattos

15/05/2017 04h00

As três goleadas no domingo levaram o Brasileiro a ter a melhor média de gols na rodada de abertura em dez anos na competição. Mesmo faltando uma partida – Coritiba e Atlético-GO -, as nove partidas foram suficientes para igualar os 28 gols de 2015, que detinha o maior número de tentos em uma década. Nesta segunda-feira, esse total pode ser superado ou ficará igual.

A última vez em que a abertura do Nacional teve uma média de gols maior foi em 2007 quando foram marcados 39 gols em dez jogos, média de 3,9 por jogo. Até domingo, a estreia do campeonato tinha média de 3,1 gols. Em caso de partida sem gols nesta segunda-feira, a média será igual a de 2015.

Comparado com 2016, dobrou o total de tentos na rodada, já que naquele campeonato foi a pior estreia do Brasileiro nesses últimos dez anos, com 1,4 gol por jogo.

Para chegar a esse número positivo em 2017, foram determinantes as goleadas de Bahia, Palmeiras e Ponte Preta. No total, nesses jogos, foram 16 gols, mais da metade dos marcados na rodada. Todos os resultados foram em favor dos times mandantes.

Não houve nenhuma vitória de equipe visitante nesta abertura do Brasileiro. Três deles, Atlético-MG, Chapecoense e Vitória, conseguiram empatar, mas todos os outros seis perderam.

Se a média de gols foi positiva, os erros de arbitragem voltaram a ocorrer já na rodada inicial. O Grêmio marcou um gol em que Luan desviou a bola com a mão contra o Botafogo, o que foi ignorado pelo árbitro Bráulio da Silva Machado. No jogo entre Avaí e Vitória, o juiz Felipe da Silva não marcou pênalti quando Júnior Dutra, do time catarinente, sofreu uma tesoura dentro da área.

Esses foram os erros claros. Houve ainda dois pênaltis discutíveis marcados para Palmeiras e Fluminense em cima de Dudu (o 1o) e Henrique Dourado. A arbitragem de vídeo poderia ajudar em todos esses lances, mas a CBF resiste a agilizar sua implantação por enquanto.

PS Lamenta-se que o gremista Luan não tenha admitido que o segundo gol gremista foi resultado de um toque tão em sua mão. Omitir-se neste caso é se aproveitar do erro alheio em proveito próprio, como deixar de devolver um troco errado no táxi.

 

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.