Superou Super Bowl: por que a final da Champions é o maior jogo do ano
Por uma tradição europeia, a final da Liga dos Campeões é disputada em um jogo único. O crescimento da competição em interesse global elevou a evento esportivo mais valioso do ano, superando até o Super Bowl (a final do futebol norte-americano). Sua audiência é maior e mais global, e os valores envolvidos na decisão entre Real Madrid e Juventus, em Cardiff, se aproxima de R$ 300 milhões.
Não foi um caminho fácil. Quando a Liga dos Campeões foi formada, em 1992, seus direitos comerciais inteiros valiam € 8 milhões. Nesta temporada, consideradas as três competições de clubes europeias, a Uefa vai arrecadar € 2,4 bilhões.
Há vários elementos envolvidos nesta evolução da Champions, como organização, uma cara fixa e promoção da competição, atração de jogadores de alto nível à Europa. E o jogo único ajudou a atrair todas as atenções do mundo para o campeonato.
No ano passado, a final da Liga foi assistida por 160 milhões de pessoas, acima dos 145 milhões do Super Bowl. Os números são da Uefa, mas outros indicadores pelo mundo confirmam que o jogo de futebol superou o esporte dos EUA (ainda que exista variações nos índices).
Também há uma maior abrangência da Liga dos Campeões que vai para 200 países, enquanto a decisão do futebol americano fica em 180. E a maior parte da audiência do evento norte-americano é concentrado no próprio país.
Em palestra na CBF em maio, a chefe de operações comerciais da Uefa, Catalina Navarro, ressaltou essa característica: "Foi o evento mais assistido, passando o Super Bowl. É um evento de nível global, não somente de interesse europeu."
Por conta disso, os valores financeiros envolvidos na final têm crescido. Só em premiações para os dois times pela participação na final são € 26,5 milhões, isto é, R$ 60,3 milhões. O campeão fica com € 15,5 milhões, e o restante é do vice.
Fontes do mercado avaliam que os direitos de televisão apenas desse jogo valem US$ 15 milhões, o que representa quase R$ 50 milhões. Há ainda valores indiretos envolvidos como os patrocínios que são para toda a competição, e comerciais pelo mundo inteiro para as redes de televisão, impossíveis de mensurar.
Como ocorre com o Super Bowl, há atualmente uma concorrência para sediar a final da Liga dos Campeões. A cidade de Cardiff estima uma arrecadação de 40 milhões de libras (R$ 170 milhões) por ser a sede do jogo. Esse tipo de mediação, claro, é impreciso. Mas a previsão é de 170 mil turistas, mais do que o dobro da capacidade do estádio de Cardiff.
Certo é que a cidade de Gales se tornará o centro do mundo por duas horas, uma capacidade que antes só a Copa do Mundo e a Olimpíada tinham de produzir. A Liga dos Campeões atrai menos atenção global do que esses dois eventos. Mas seu crescimento exponencial parece não parece ter limites.
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