Richarlison forçou ida para o Flu e agora tenta repetir com o Palmeiras
Com Danilo Lavieri
A diretoria do Fluminense classificou como incorreta a atuação do Palmeiras e de empresários de Richarlison na tentativa de negociação para ele deixar o clube. Mas a saída do jogador do América-MG para o clube carioca (que tinha outro presidente na época) teve uma situação bem parecida. O time mineiro não queria vender o atacante naquele momento, mas Richarlison forçou a negociação seduzido pelo tricolor carioca.
A diretoria do Palmeiras procurou dirigentes do Fluminense e o staff do jogador na semana em que os times se enfrentavam. O jogador ficou seduzido pela proposta salarial e pela perspectiva da Libertadores: pediu para não jogar e tenta ser negociado. Publicou até um texto dizendo que estava "balançado" pela proposta. A cúpula tricolor descarta a negociação dele ao alviverde contrariada.
No final de 2015, o Fluminense tinha interesse na contratação de Richarlison. A diretoria do América-MG tinha a intenção de manter o jogador por mais um ano para varoliza-lo. Na diretoria da equipe mineira, há a certeza de que a sedução tricolor foi determinante para sua saída.
No meio da negociação, o empresário de Richarlison Renato Velasco levou o jogador para o Rio de Janeiro para conhecer as praias. Ao mesmo tempo, foi apresentada a proposta de R$ 10 milhões por 50% dos direitos do jogador.
O atacante foi conversar com dirigentes do América-MG e pediu para ser negociado. Houve uma conversa, o clube ainda tentou segurar, mas diante da insistência do jogador teve que ceder. A tese dentro da diretoria americana é que não tinha como segurar pela posição do atleta. Essa versão é confirmada por duas pessoas que participaram da negociação. Uma diferença é que o América-MG nunca reclamou publicamente do caso, tendo, no final, se declarado satisfeito com o que recebeu do time carioca.
Questionado sobre a transação, a assessoria do Fluminense afirmou: "A atual diretoria desconhece o episódio. A nova gestão trabalha dentro dos princípios éticos e morais em qualquer negociação que esteja envolvida."
O presidente do Fluminense, Pedro Abad, foi eleito com o apoio do ex-presidente Peter Simensen. Mas, em seus primeiros meses de gestão, fez críticas ao estado das contas do clube.
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