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Rodrigo Mattos

Por que o Santos preferiu Levir a Seedorf para seu comando técnico

rodrigomattos

17/06/2017 04h00

Quando anunciou a demissão de Dorival Junior, a diretoria do Santos passou a receber ofertas de treinador de diversos cantos, fossem estrangeiros ou brasileiros. Mas, no domingo em que decidiu pela troca, o presidente santista Modesto Roma Junior concentrou-se em dois currículos que faziam sentido para ele: Levir Culpi e Seedorf apesar de ver outras boas opções.

O nome de Culpi surgiu naturalmente na diretoria santista após a saída de Dorival Jr. Já Seedorf foi oferecido por empresário e chamou a atenção do presidente santista, mais do que qualquer outro dos estrangeiros que lhe apresentaram.

De frente para os dois currículos na noite de domingo, Modesto analisou que o holandês estava há algum tempo longe do futebol brasileiro, desde sua saída do Botafogo. Sua readaptação no país poderia levar um tempo, tempo que o Santos não tinha em meio à disputa de três competições, Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores.

Por outro lado, o presidente santista ficou impressionado com um fato no currículo de Levir. Em boa parte das vezes que ele deixava um clube, acabava voltando alguns anos depois. Isso ocorreu em três clubes, Atlético-MG, Cruzeiro e Coritiba. Para o dirigente, ninguém volta a um clube se não tiver deixado uma marca. Então, a preferência recaiu sobre Levir.

Ressalte-se que o próprio Dorival Jr. tem a mesma característica no Santos. Retornou após um bom trabalho e ficou dois anos. Por isso, tem o respeito da atual diretoria santista que o vê como bom treinador.

A demissão de Dorival Jr. foi decidida menos por causa de resultados, e mais pela insistência por opções que não funcionavam. Por exemplo, a utilização de Yuri na zaga ou deixar Vecchio sem ser aproveitado. O desgaste de dois anos de trabalho pesou. Por isso, chegou a vez de Levir.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.