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Rodrigo Mattos

Em relação à Vila, Santos tem lucro maior e desempenho parecido no Pacaembu

rodrigomattos

26/07/2017 04h00

Nesta temporada de 2017, o Santos tem lucrado o triplo e tem tido desempenho bem parecido em campo no Pacaembu em relação à Vila Belmiro. Mas a diretoria santista optou por jogar em seu estádio as partidas decisivas diante do Flamengo, na Copa do Brasil, e Atlético-PR, na Libertadores.

O blog fez um levantamento em cima dos jogos do Santos no Brasileiro, na Copa do Brasil e na Libertadores. Para o efeito financeiro, foram desconsiderados os jogos da competição sul-americana já que não dá para determinar a renda líquida.

Sob o ponto de vista econômico, não há dúvida sobre a vantagem de jogar na capital. Em três jogos, a renda líquida somou R$ 939 mil, a maior parte no último confronto contra o Bahia. A média é em torno de R$ 300 mil por jogo. O público sempre foi superior do que na Vila Belmiro.

No estádio santista, o clube levou R$ 636 mil em seis jogos, o que dá uma média de R$ 106 mil. É certo que a Vila acaba recebendo jogos de menor apelo, mas teve também dois clássicos cujos públicos ficaram em torno de 10 mil. As despesas são menores, mas os públicos também.

O argumento para manter os jogos na Vila, muitas vezes, é esportivo já que o estádio é um caldeirão. Mas, consideradas as três principais competições, o Santos tem ido até um pouco melhor na capital do que no litoral.

Em nove partidas na Vila, foram sete vitórias e duas derrotas, aproveitamento de 77,8%. No Pacaembu, foram quatro jogos, com três vitórias e um empate, com 83,3% dos pontos. Considerando que houve menos jogos na capital, dá para dizer que o desempenho é bem parecido.

O blog tentou contato com a diretoria do Santos para entender por que de não haver mais equilíbrio na marcação das partidas, o que já gera discussão no clube há bastante tempo. Mas não foi possível contato com os dirigentes santistas.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.