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Rodrigo Mattos

Dinheiro encheu Libertadores de brasileiros, bola só deixou Grêmio avançar

rodrigomattos

21/09/2017 00h20

Por razões econômicas, a Conmebol encheu a Libertadores-2017 de brasileiros com um total de oito times. Mas, no funil da bola, só sobrou o Grêmio na semifinal, exatamente como foi no ano passado como o São Paulo. O time gaúcho sobreviveu no limite diante do Botafogo, e o Santos caiu diante do letal Barcelona de Guayaquil.

Finda a fase pré-Libertadores, o Brasil tinha oito times na Libertadores dos 32 da fase de grupos. Eram 25%, e eram os de orçamentos mais recheados em relação ao continente como de hábito. E o maior rival Argentina vivia uma crise de pré-temporada, além de ter menos equipes e dinheiro.

Na primeira fase, ficou o milionário Flamengo e a Chapecoense envolvida em questões de jogador irregular. Dos seis que foram à frente, o Atlético-PR perdeu para um brasileiro, o Santos. Mas tanto Palmeiras quanto Atlético-MG foram eliminados com justiça para Barcelona de Guayaquil, e Jorge Wilsterman.

Agora, nas quartas, cai o Santos que é terceiro no Brasileiro, mas baseia seu jogo mais na defesa do que no ataque. E, com vários desfalques como Lucas Lima, o time santista tentou tirar o Barcelona com cautela, e pouco risco. O time equatoriano tem uma defesa bem posta, velocidade e um ataque rápido.

Já o sobrevivente Grêmio mostrou, de fato, o melhor futebol entre os brasileiros na Libertadores. Sobrou na primeira fase, não teve dificuldades nas oitavas-de-final. Mas caiu de rendimento depois disso, perdendo Pedro Rocha (transferido) e Luan (contundido) – Geromel ainda voltou fora de ritmo.

E a equipe teve enorme dificuldade diante do lutador Botafogo. Durante o primeiro tempo, o time carioca marcou mais avançado, colocou a defesa gremista sobre pressão e teve mais chances de gol, mais do que teve em todos os seus jogos decisivos. E teve três ou quatro boas chances de gol, mas não se aproveitou da defesa perdida do Grêmio nesta etapa.

No segundo tempo, o time de Renato Gaúcho reagiu, mais na pressão do que na qualidade de passe que apresentou durante o ano. E foi na pressão que Barrios ganhou pelo alto um cruzamento e fez o gol. Em desvantagem, o Botafogo perdeu o sentido do seu jogo, pois não consegue se achar quando tem que atacar o rival.

No dinheiro, a Conmebol encheu a Libertadores de brasileiros. Na bola, só deu para o Grêmio ir às semis.

 

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.