Rival na final, Real tem renda dez vezes maior do que Grêmio
A distância financeira entre os clubes dá uma dimensão do tamanho do desafio do Grêmio diante do Real Madrid na final do Mundial de Clubes: a renda do time gaúcho representa um décimo do que ganha a equipe madrilenha. Essa diferença aumentou nos últimos dez anos o que se reflete em um abismo de investimento no elenco. Claro, isso pode ser superado em campo, mas a tarefa se torna mais difícil.
Vamos aos números. No último período, 2016/2017, o Real Madrid ganhou € 674,6 bilhões (R$ 2,6 bilhões), excluída qualquer receita relacionada à venda de jogador. Ou seja, essa renda veio da comercialização de direitos de televisão, marketing e licenciamento que é o que mais cresce entre europeus.
Em termos de renda, o Grêmio está um patamar alto no Brasil, abaixo só dos mais ricos como Flamengo, Palmeiras e Corinthians. Turbinado pela Libertadores, tem uma previsão de ganhar R$ 325 milhões em 2017. Mas é preciso excluir desse valor R$ 66 milhões com venda de jogadores para fazer a comparação com o clube europeu. Assim, o time gaúcho ganhou R$ 259 milhões em torno de um décimo do Real.
Não é que a diretoria gremista trabalhe mal na obtenção de receitas. Se comparado a 2007, dez anos atrás, o time gaúcho triplicou sua arrecadação que girava na casa de R$ 100 milhões.
Proporcionalmente, o Real Madrid cresceu menos do que o Grêmio em receita. Saltou de um patamar de € 351 milhões para o valor atual, isto é, praticamente dobrou. A questão é que em número absoluto a diferença cresceu em mais de R$ 1 bilhão neste período.
E isso se repete em relação aos outros gigantes da Europa como Barcelona, Manchester United e Bayern de Munique que têm patamares de arrecadação similares. Se forem consideradas as rendas com venda de jogador, muito maiores na Europa do que na América do Sul, a distância entre os dois continentes cresce ainda mais.
Sendo assim, fica claro que neste Mundial de Clubes o Grêmio terá, sob o ponto de vista de investimento, um desafio ainda maior do que outros times brasileiros tinham há dez anos. O Internacional, que bateu o Barcelona em 2006, enfrentou uma equipe excelente, mas certamente menos poderosa sob o ponto de vista financeiro do que é o Real de 2017.
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