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Rodrigo Mattos

Fla terá prejuízo de cerca de R$ 8 mi com punição da Conmebol

rodrigomattos

24/01/2018 17h46

Além do dano esportivo por não ter torcida, o Flamengo terá um prejuízo em torno de R$ 8 milhões com a punição da Conmebol de portões fechados e multa por conta dos incidentes do Maracanã na final da Sul-Americana. Esse valor é calculado considerando o total bruto, embora nem todo esse dinheiro fosse ficar no caixa do clube.

Na final da Sul-Americana, houve fogos no hotel do Independiente, selvageria fora do Maracanã e invasão do estádio por grande número de pessoas, em uma série de episódios de violência. O tribunal da Conmebol puniu o clube com dois jogos de portões fechados na Libertadores (River Plate e um time que virá da pré).

O presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, recebeu a punição com surpresa, embora tenha dito que estava sereno em relação à medida.

Foi imposta ainda uma multa pela Conmebol é de US$ 300 mil (R$ 959 mil). Em média, a bilheteria obtida pelo clube em jogos da primeira fase da Libertadores em 2017 foi de R$ 3,4 milhões. Somados os dois valores, chega-se ao montante de R$ 7,8 milhões brutos de perda.

Ressalte-se que, com os altos custos do Maracanã, o Flamengo só ficou com 24% da receita da bilheteria ano passado. A tendência é que ficasse com uma fatia maior do dinheiro em 2018 porque havia um novo acordo com o estádio. Assim, a perda líquida dos cofres deveria ficar entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões, dependendo dos custos do estádio.

A diretoria do Flamengo reconhece que terá de fazer ajustes no orçamento em relação ao item bilheteria. Afinal, havia previsão de renda até as quartas-de-final da Libertadores.

Resta saber se o clube conseguirá reduzir a pena no tribunal de apelações para diminuir o tamanho da perda. O tribunal da Conmebol costuma ser mais brando na segunda instâncias. O episódio em que um torcedor do Boca Juniors tacou gás de pimenta em jogadores do River Plate teve pena de quatro jogos que caiu para um após revisão da Conmebol.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.