Chefe da CBF gera mal estar com cartolas ao pedir transparência a clubes
Durante o Conselho Técnico da Série A, o diretor-executivo da CBF, Rogério Caboclo, pediu transparência e respeito às leis aos clubes gerando mal estar e reação de dirigentes das agremiações. Sua fala foi entendida por cartolas como Andrés Sanchez e Mario Celso Petraglia como se a confederação dissesse que os clubes não têm boas práticas de gestão.
Caboclo é atualmente quem de fato administra a confederação com a suspensão provisória de Marco Polo Del Nero por acusação de corrupção. É também seu candidato preferido em caso de a Fifa banir o presidente da confederação em definitivo.
A discussão ocorreu quando Caboclo tratava da questão do registros de treinadores. Ele explicava aos clubes que teria de haver registro em carteira, e não só em contratos de direito de imagem.
Em seu discurso, o dirigente afirmou que os clubes precisavam ser mais transparentes e moralizar a gestão. Acrescentou que a CBF estava trabalhando neste sentido dentro de sua administração. E cobrou dos clubes a assinatura da carteira porque estava na lei.
O discurso gerou uma reação do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, e do homem-forte do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia. Ambos tomaram a palavra para dizer que já tinham práticas de gestão de transparência em seus clubes.
Outros dirigentes de agremiações também descreveram como infeliz a forma como Caboclo colocou as cobranças aos clubes. Alguns cartolas também contaram que a fala do cartola da CBF tinha um tom alterado, às vezes, confuso.
Aliados da diretoria da confederação minimizaram o episódio. Reconheceram que houve um desconforto após o discurso de Caboclo por parte do dirigente. Mas entendem que o fato foi superado e durou pouco tempo. Mas, mesmo os aliados, reconheceram que o chefe da CBF foi inábil.
Caboclo é o braço direito de Del Nero. Com o afastamento do presidente e com o Coronel Nunes como interino, é ele que tem tocado a CBF. O julgamento de Del Nero está em curso no Comitê de Ética da Fifa. Caso seja banido definitivamente, Caboclo é o seu preferido para sucede-lo.
A questão é que o diretor-executivo da CBF já enfrentou questionamentos entre presidentes de federações e de clubes. Um dos motivos é querer cortar gastos da entidade e não atender pleitos.
Na reunião do Conselho Técnico, a confederação apresentou uma conta de R$ 40 mil a R$ 50 mil por jogo para ter a arbitragem de vídeo. Recusou-se a pagar qualquer parte do montante alegando que não tem nenhum ganho financeiro com o Brasileiro. Só para o segundo turno isso daria R$ 500 mil por clube, e R$ 1 milhão no total.
Havia uma reivindicação dos clubes que a entidade bancasse pelo menos parte do montante. Sem isso, os clubes reprovaram a ideia da implantação para o segundo turno, como seria ideia da CBF. Ou seja, o projeto que era considerado prioritário por Del Nero já para 2017 ficou adiado para 2019.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.