Final é o único clássico de casa cheia do Estadual do Rio

A final do Estadual do Rio entre Vasco e Botafogo promete ser uma festa de público com em torno de 60 mil pessoas. Uma presença que destoa do restante do campeonato em que a média dos clássicos foi de 16 mil pessoas por jogo. Isso para não falar nos outros jogos esvaziados com times menores.

Neste cenário, o Carioca se tornou um campeonato em que, para o público, o único jogo que vale mesmo é o último e decisivo. De resto, os confrontos entre os grandes contaram com torcidas que ocupavam no máximo metade do estádio.

Até a sexta-feira, a Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) anunciava que tinha sido vendidos 45 mil ingressos para a partida entre alvinegros, sendo o maior percentual para vascaínos. No primeiro jogo da decisão, os dois times levaram apenas 19.117 pessoas ao estádio.

Em todo o campeonato, foram 13 clássicos entre os quatro grandes do Rio (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco). Esses atraíram um total de 208.602 pessoas, o que dá a média de 16.050.

No início do campeonato, houve clássico que atraiu público na casa de 6 mil pessoas, incluindo Vasco x Fluminense e Flamengo x Botafogo (este em Volta Redonda). Havia a expectativa de que, com a volta do Maracanã, o torcedor voltasse. Mas o maior público foi apenas na semifinal entre rubro-negros e alvinegros de 31.888. Isso representa menos da metade do estádio, considerada toda sua capacidade.

Com esses públicos baixos, só houve dois clássicos entre os 13 que não foram deficitários, isto é, que não deram prejuízo para os grandes. Um Fla x Flu no turno, e um Fluminense x Botafogo na final da Taça Rio. A final, certamente, será o terceiro.

A Ferj e a Globo, detentora dos direitos do Estadual, já manifestaram preocupação com a falta de público do Estadual. Há fatores como violência e a má fase dos times. Mas a falta do Maracanã, que era apontado como um dos culpados, caiu por terra. Resta ainda o formato da competição que impõe um excesso de jogos e de clássicos.

Ao final do jogo deste domingo, Vasco ou Botafogo terá a chance de festejar a taça do Estadual. À Ferj, caberá a tarefa de repensar seu campeonato para que não se torne um torneio de quatro meses em que só um jogo que conta para o público.