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Rodrigo Mattos

Árbitro de vídeo da Copa terá cinco vezes mais câmeras do que 'projeto CBF'

rodrigomattos

13/06/2018 04h00

O árbitro de vídeo da Copa-2018 terá o quíntuplo das câmeras previstas para o projeto da CBF para o Brasileiro e para a Copa do Brasil. Serão até 35 câmeras contra um mínimo de sete equipamentos previstos pela confederação. A confederação nacional entende que essa quantidade é mais do que suficiente para avaliar os lances.

Desde o início, há discordâncias entre a concepção da Fifa e da CBF para o árbitro de vídeo. A entidade internacional defende um uso mais amplo do mecanismo, enquanto a nacional entende que deve ser bem restrito a alguns lances.

Às vésperas do Mundial na Rússia, o uso do árbitro de vídeo dominou as atenções da cúpula da arbitragem da Fifa durante sua última entrevista da competição. Na ocasião, o diretor da federação internacional, Massimo Busacca. ressaltou como a presença de um maior número de câmeras vai pegar o máximo de itens possíveis e defendeu as paradas do jogo com esse objetivo. Serão 33 equipamentos como padrão, e 35 para jogos mais importantes.

"É muito difícil que algo escape a 35 câmeras. Todo mundo está preocupado com um minuto de atraso. O tempo médio de jogo no Brasil foi de 57 minutos. Ou seja: em 33 minutos, não jogamos futebol. Temos paradas por escanteios, um minuto e meio para uma falta. E aceitamos isso. Eu sei que o VAR é uma coisa nova. Mas temos que pensar o que isso vai fazer parte do jogo", analisou Busacca.

Um dos responsáveis pelo projeto de árbitro de vídeo da CBF, Manoel Serapião explica que ainda não tinha se fechado o número de câmeras, mas entende que com sete câmeras estaria tudo resolvido. A confederação trabalhava com ter até 16 ou 20 câmeras se houvesse imagens disponíveis.

"Não há uma definição de número, pois meu projeto é para contemplar o futebol rico e pobre. Se só houver apenas 1 câmera transmitindo um jogo, será essa câmera que registrará o erro. Logo, poderá ser usada. Todavia, acho que com sete microcâmeras nos gols tudo se resolver até porque se o VAR é para corrigir erros claros, óbvio, essas câmeras corrigirão tudo. Mas podem ser colocadas mais, embora eu ache que ficarão quase que sem função. A Copa provará isso", completou.

Árbitro da CBF na Copa, Sandro Meira Ricci contou que o sistema que trabalhará na Fifa é similar ao que já utiliza na Conmebol durante a Libertadores. "Tem os mesmos recursos", contou.

 

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.