Após traição na Copa, Coronel Nunes evita ir à primeira reunião na Conmebol
Depois de protagonizar uma traição em votação na Fifa, o presidente da CBF, Antônio Carlos Nunes, decidiu não ir à primeira reunião da Executiva da Conmebol após a Copa-2018 que ocorrerá na próxima semana em Assunção. Ele mandou uma carta para que o futuro presidente da CBF Rogério Caboclo o represente no encontro. Apesar disso, segue como membro do comitê executivo em cargo que é remunerado.
O episódio que queimou o Coronel Nunes na Conmebol foi na votação para sede da Copa-2026 no Congresso da Fifa, às vésperas da competição. A confederação sul-americana tinha fechado um acordo para apoiar a candidatura de EUA, Canadá e México. Na hora do pleito, Nunes, como presidente da CBF, votou no Marrocos e depois confessou que não sabia que o voto era secreto.
Isso causou um enorme desgaste com a cúpula da Conmebol, que acusou a confederação de traição. Durante o Mundial, Nunes já tinha ficado de fora de eventos da entidade continental. A confederação sul-americana até estudava um movimento para afastá-lo, mas é o próprio Nunes que teria de abrir mão da vaga o que não ocorreu.
Como solução provisória, Nunes ficou de fora desta primeira reunião embora continue a ter o cargo no Comitê Executivo. O mesmo ocorreu na CBF onde ele ficou afastado da negociação para renovação do técnico Tite, tocada por Caboclo com o aval do afastado presidente da confederação Marco Polo Del Nero.
A principal tarefa da Conmebol nos próximos meses é a organização da Copa América-2019 no Brasil. A confederação sul-americana e a CBF atuarão juntas na organização dentro do comitê organizador. É necessário, portanto, ter harmonia nas relações o que seria mais difícil com Nunes por perto. Outra discussão até o final do é a distribuição de cotas da Libertadores para os clubes já que haverá um crescimento de do contrato de TV em 2019.
Há uma autocrítica entre dirigentes da CBF de que a confusão em torno de quem de fato mandava na entidade deixou a comissão técnica da seleção muito livre para tomar decisões sozinha. Caboclo estava na Rússia como chefe de delegação e acompanhou o time de perto, mas ainda não tem o cargo de presidente para ter autonomia plena. Neste cenário, o desgaste do Coronel Nunes ajuda a mantê-lo afastado das questões da seleção.
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