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Rodrigo Mattos

Sul-Americana terá final única por questão política para agradar Lima

rodrigomattos

18/08/2018 04h00

A decisão do Conselho da Conmebol de realizar uma final única da Sul-Americana teve relação com uma negociação política na entidade. Inicialmente, essa não era o plano desenvolvido pelos organizadores da competição que pretendiam manter dois jogos na competição, como contraponto à Libertadores.

Com a confirmação da final única da Libertadores-2019, a Conmebol lançou uma concorrência para escolher a cidade-sede desta primeira decisão. Só houve candidaturas formais de Lima, Santiago e Montevidéu, que desistiu no meio por faltas de recursos. Cidades brasileiras como Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro chegaram a se interessar, mas não apresentaram candidatura formal.

Foi feita uma visita técnica de membros da Conmebol que concluíram que Santiago reunia as melhores condições para a final. O Conselho da entidade sul-americana confirmou a cidade chilena, o que gerou descontentamento em Lima.

No meio da reunião nesta semana, um dirigente da federação colombiana sugeriu que fosse feita a final da Sul-Americana em Lima como compensação. Assim, ficaria decidido que também a segunda competição da Conmebol teria apenas um jogo na decisão. Todos os dirigentes aprovaram.

A questão é que, antes disso, a Sul-Americana tinha sido pensada justamente para ser diferente da Libertadores. Primeiro, manteria a tradição de duas decisões nas casas dos times finalistas. Segundo, seria vendida comercialmente como uma competição diferente da principal.

A decisão política, no entanto, botou esse plano por água abaixo. Agora, a decisão é de que as finais únicas ocorrerão em 2019 e será testado o modelo. No futuro, o objetivo é fazer uma semana de eventos anteriores a cada semana, com a possibilidade de as duas decisões serem na mesma cidade.

 

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.