CBF organiza um Brasileiro em que a bola entra, mas não é gol
O Brasileiro de 2018 foi inaugurado com um "pênalti" em que a bola bateu na cara do rubro-negro Everton Ribeiro – e ele foi expulso. Chega a sua 33a rodada com um lance em que a bola entrou e o gol do Corinthians não foi marcado porque a arbitragem não percebeu que o goleiro Jean a defendeu depois da linha. No meio tempo, houve pênaltis fora da área (mais de um), impedimentos de metros à frente e expulsões claras ignoradas.
O clássico entre Corinthians e São Paulo é só mais um episódio dessa longa série no caso com o alvinegro prejudicado de forma acintosa. Além do gol não marcado, houve um pênalti em Romero em que ele é derrubado pelo zagueiro são-paulino. Detalhe que na bola que não entrou havia o famoso vigia, o árbitro ao lado da trave, que nada viu. Ninguém sabe para o que ele é pago exatamente.
Nem o fato de haver dois erros crassos em um jogo é raro. Um jogo entre Internacional e Vitória teve um pênalti em mão fora da área e outro gol colorado legal anulado.
Também não é incomum que o mesmo árbitro cometa um erro grave em uma temporada, seja perdoado e volte para falhar de novo. Para se ter um exemplo, o árbitro Wagner Reway, que assinalou o pênalti "de cabeça" de Everton Ribeiro, é o mesmo que invalidou um gol no último minuto do Palmeiras diante do Cruzeiro na Copa do Brasil por falta inexistente.
A CBF tem uma lista de equívocos da arbitragem em seu site. Trata-se de uma amostragem bem pequena para o que ocorreu de fato no campeonato. E nem é o primeiro Brasileiro com atuação desastrosa de juízes. A sequência dos últimos quatro anos pelo menos é desastrosa.
A cada erro novo a comissão de arbitragem promete melhorar como bem assinalou em entrevista o goleiro Cássio após o clássico. Mas qual a medida efetiva da CBF para dar um mínimo de eficiência aos juízes nacionais (pelo menos em um nível de não passar vergonha)? Nenhuma.
Troca-se o comando de arbitragem, pune-se um juiz e discursos sem fim. A CBF não banca o VAR, não profissionaliza os juízes como fazem as ligas europeias do mesmo nível, nem libera que exista uma liga para poder executar esses projetos. É só blábláblá mesmo.
A dúvida que fica é: quando vê os vídeos dos erros dos árbitros, um atrás do outro, o coronel Marcos Marinho e o futuro presidente da CBF Rogério Caboclo não ficam com vergonha? Nenhum deles pensa: nós precisamos fazer algo a respeito disso de verdade? Ou a intenção é eternamente ficar pedindo desculpas como fez o árbitro-vigia para o goleiro Cássio?
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