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Rodrigo Mattos

Para inflar ganhos, Conmebol avança para recuperar México na Libertadores

rodrigomattos

16/11/2018 04h00

A diretoria da Conmebol avança em negociações com a Federação Mexicana para tentar recuperar os times mexicanos para a Libertadores na temporada de 2020. Já houve conversas entre as partes e a intenção dos dois lados é retomar a participação interrompida em 2016. Há interesse também em atrair times norte-americanos, mas esse projeto parece mais distante no momento.

O presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez esteve nesta semana em evento na Federação Mexicana no país. Em entrevista, afirmou à Fox Sports local que é provável uma reunião no início de dezembro no Paraguai, sede da confederação sul-americana, para discutir a volta dos times locais à Libertadores.

"É um tema que temos que trabalhar mais, não é suma questão de vontade. É uma questão de calendário que foi uma das questões com o México. As portas estão abertas", analisou.

Não é à toa. O México representava 30% do mercado total da Libertadores quando seus times disputavam o torneio, fatia similar ao dono do maior mercado que é o Brasil. A Fox Sports ameaçou cortar um percentual do que pagava à Conmebol pela Libertadores quando houve a retirada dos times.

Desde o início de 2018, há um movimento dentro da confederação sul-americana para tentar recuperar os mexicanos. Tanto que, na licitação dos direitos da Libertadores, a vendas para o mercado da América do Norte foram deixadas em aberto.

Além do mercado mexicano, a presença dos times do país proporcionam ganhos consideráveis no mercado de televisão norte-americano pela quantidade de imigrantes por lá. Para se ter ideia, executivos de televisão da região entendem que os times mexicanos geram mais penetração na TV dos EUA do que os próprios norte-americanos. TVs esportivas hipânicas nos EUA costumam cortar transmissões da seleção local em favor da mexicana.

Ao mesmo tempo, já houve discussão sobre incluir times norte-americanos na Libertadores. Para isso, membros da Conmebol falaram até em constituir uma sede fixa em Miami, na costa leste, inclusive para times da costa oeste. Assim, se evitariam os deslocamentos mais extensos para os times da América do Sul.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.