Sob Bandeira, Fla tem menos título, mas desempenho um pouco melhor
Às vésperas da eleição presidencial do Flamengo, uma das principais discussões gira em torno do desempenho esportivo do time na gestão do atual presidente Eduardo Bandeira de Mello. É fato que a atual diretoria teve bom desempenho administrativo, tirando o time do buraco o deixando em boa situação financeira. Mas esteve aquém em títulos em relação ao que se esperava. A questão é: o número de taças e desempenho piorou ou melhorou em relação à realidade anterior?
Para tentar responder essa pergunta, o blog levantou números e estabeleceu um método para o cálculo médio de títulos e desempenho da equipe atual em comparação com o passado. Os critérios, óbvio, sempre podem ser discutidos. Aqui, adotou-se parâmetros para tentar chegar a uma avaliação justa na minha visão.
Primeiro, o período de comparação adotado foi do desempenho do Flamengo a partir da década de 90, isto é, iniciando-se por 1990. Por que? Antes, a realidade do futebol brasileiro era totalmente diversa, Estadual valia tanto quanto Brasileiro, os campeonatos disputados eram diferentes, as rendas de clubes eram pouco significativas. A partir de 90, foi construído o futebol brasileiro moderno próximo do que é atualmente.
Segundo, foram considerados como títulos apenas conquistas nacionais ou sul-americanas relevantes, ignorados os Estaduais. Assim, só foram incluídos o Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores e a segunda competição em importância do continente, que tem mudado de nome, Copa Conmebol, Supercopa, Mercosul e agora Sul-Americana.
Além dos títulos, foram avaliados mais dois critérios: desempenho no Brasileiro de pontos corridos e presença em finais que não resultaram em título. Esse primeiro critério se justifica porque os pontos corridos revelam de fato a eficiência do time. Não foi usado o dado de classificação à Libertadores porque aumentou o número de vagas durante o período, o que causaria uma distorção.
Como conclusão, o Flamengo sob Bandeira conquistou menos título em média do que ganhava anterior. Ao mesmo tempo, a equipe teve um desempenho esportivo superior ao que tinha nos anos prévios.
Há uma ressalva: quando o clube de fato teve mais dinheiro em caixa, o que ocorreu a partir de 2015, pode-se dizer que houve melhora significativa no desempenho no Brasileiro. Anteriormente, o Flamengo tinha investimento reduzido porque usava a maior parte do dinheiro para pagar dívidas. Dito isso, vamos aos números abaixo:
Títulos
1990/2012 – 5 títulos (2 Brasileiros, 2 Copa do Brasil, 1 Copa Mercosul)
Média: 1 título a cada 4,6 anos
2013/2018 – 1 título (1 Copa do Brasil)
Média: 1 título a cada 6 anos
Presença em finais sem título
1990/2012 – três vice-campeonatos (2 Copa do Brasil, 1 Supercopa)
Média: 1 final sem título a cada 5,75 anos
2013/2018 – dois vice-campeonatos (1 Copa do Brasil, 1 Sul-Americana)
Média: 1 final sem taça a cada 3 anos
Desempenho no Brasileiro de pontos corridos
2003/2012 – 574 pontos obtidos em 400 jogos –
Aproveitamento – 47,8%
Quatro vezes entre os cinco primeiros em dez anos
2013/2018 – 345 pontos em 228 jogos
Aproveitamento – 50,43%
Duas vezes entre os cinco primeiros em seis anos
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