Clubes podem ganhar até mais de R$ 3 bi se Brasileiro decolar no exterior
Durante esta semana, os clubes vão discutir e podem fechar um acordo de R$ 3 bilhões por dez anos pelos direitos internacionais do Campeonato Brasileiro. Esse valor, no entanto, é base e pode ser superado caso as transmissões no exterior do Nacional decolem no futuro, isto é, passem a render acima deste patamar.
Após o fracasso do acordo com a BR Foot, que não pagou o contrato, a CBF e os clubes refizeram a concorrência para venda dos direitos internacionais e as placas do Brasileiro. Desta vez, as propostas foram maiores para as propriedades do exterior do que para a publicidade estática.
Nesta semana, ficaram definidas duas finalistas para a categoria de direitos internacionais, sendo a maior deles do fundo Prudent, e outra próxima. Há ainda duas propostas para placas. Ambas estão em fase de checagem de garantias bancárias e aceitação de termos contratuais em trabalho feito pela consultoria Ernest & Young.
"Os ganhos dos clubes podem passar da garantia mínima. Se estiver acima (a revenda dos direitos), percentuais realmente são dos clubes", afirmou Alex Rangel, consultor da Ernest que toca o processo. Ele não confirma valores das propostas.
O blog apurou que o total da proposta da Prudent é de R$ 3 bilhões por dez anos, o que daria R$ 300 milhões por ano. Ultrapassado esse valor, os clubes ficariam com um percentual do excedente.
O dinheiro será dividido igualmente pelo acordo firmado até agora. Assim, cada clube teria R$ 13,5 milhões pelas propriedades, descontado um percentual para a Série B. E há luvas previstas que funcionariam como um adiantamento. Isso por uma propriedade que, na mão da TV Globo, não rendia praticamente nada aos times.
"Os valores de direitos internacionais no mundo só crescem. é um valor atrativo para a gente, mas lá fora não é muito alto. Se pensar no futuro, pode ser muito mais alto. Tem que melhorar o produto para se tornar mais atrativo", analisou Rangel.
Ainda não está definido o modelo do contrato se terá a participação da CBF ou não. Certo é que há a intenção de destinar 10% do total para a Série B. O restante seria dividido entre os clubes que estivessem na Série A, independentemente de quais sejam.
Há um compromisso da Globo e a Turner de ceder as imagens produzidas para a empresa que adquirir os direitos internacionais. A emissora global, aliás, mantém os direitos internacionais em língua portuguesa.
Apesar da necessidade de checar as garantias das empresas concorrentes, Alexandre Rangel se mostra otimista em relançar à capacidade dos fundos de cumprirem suas propostas, ao contrário do que ocorreu com a BR Foot. "São fundos de investimento capitalizados. Sabemos que têm dinheiro. Mas precisamos chegar agora as garantias bancárias e se aceitam a multa contratual", completou.
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