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Rodrigo Mattos

Confusões e Flu reduzem a média de público do Maracanã no início do Carioca

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19/02/2019 04h00

Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

O início do Estadual do Rio-2019 prometia recuperar em parte a presença do público perdida nos últimos anos com fatores como a empolgação da torcida do Flamengo, a boa fase do Vasco e mais jogos no Maracanã. Mas a baixa presença de torcedores em jogos dos tricolores e as confusões nos jogos decisivos derrubaram os números do principal estádio na Taça Guanabara.

Primeiro, é preciso que se diga que aqui só se está considerando os jogos do Maracanã que não refletem a maior parte de partidas do Estadual. No módulo principal, foram 34 partidas no primeiro turno, apenas nove delas no principal estádio.

No Maracanã, a média de público ficou em 26.901. É uma presença de público insuficiente para tornar o jogo rentável e ocupa menos da metade dos assentos disponíveis, mesmo considerando a redução de capacidade do estádio.

O quadro era mais otimista no início do campeonato quando ingressos mais baratos e os reforços empurraram a torcida do Flamengo para o Maracanã. Em seus três jogos no turno, houve uma média de 43.305 pessoas, digna de um Brasileiro. Em compensação, nas mesmas três partidas, o Fluminense levou em média 6.488 torcedores, com prejuízo em todas as partidas.

Com as fases decisivas, os vascaínos também se empolgaram com a boa campanha. Mas, logo na semifinal, uma ameaça de chuva fez a Ferj recomendar aos torcedores que não fossem e interromper as vendas. Não choveu e apenas 9 mil pessoas assistiram ao jogo com o Resende. O Fla-Flu teve a maior presença de público com um total de 55 mil torcedores.

A final poderia atingir um patamar alto. Aí a disputa entre Fluminense e Vasco atrapalhou a organização da partida, e mais uma vez parou as vendas de ingressos antes da hora. No domingo de manhã, nem se sabia se haveria portões abertos no jogo. Resultado: foram contabilizados  29.002 bilhetes negociados, o que não significa que todos tenham entrado no Maracanã. Clubes e Ferj, portanto, perderam boa oportunidade de alavancar uma competição em baixa.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.