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Rodrigo Mattos

Clubes ganham bônus da Turner e encerram litígio por contrato do Brasileiro

rodrigomattos

23/03/2019 04h00

Um grupo de clubes e a Turner fecharam um acordo com bônus extras e encerraram um litígio relacionado ao contrato do Brasileiro. Entre os times que se acertaram com a emissora estão Athletico-PR, Bahia, Coritiba, Internacional e Ceará. Esses questionavam ganhos maiores do Palmeiras. Outros dois clubes, Santos e Fortaleza, ainda têm contestações à emissora.

A disputa entre os clubes e Turner começou porque os clubes questionavam o fato de o Palmeiras ter recebido luvas maior pelo contrato do Brasileiro. Cada um dos times levou R$ 40 milhões, e a agremiação alviverde, R$ 100 milhões. Os contratos previam igualdade.

Por isso, o grupo de clubes ameaçou inclusive com ações na arbitragem para pedir melhorias nos seus acordos para que esses se aproximassem mais do alviverde. A negociação foi longa, mas chegou a uma conclusão nesta sexta-feira em que foram fechados novos contratos com os clubes que lhe dão ganhos extras.

"A Turner atendeu as demandas dos clubes e demonstrou ser parceria", afirmou o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani.

O Santos ainda não está satisfeito com as condições propostas pela Turner e por isso não fechou. Com um contrato diferente, e inferior, o Fortaleza faz reivindicações de ter igualdade aos outros times da Turner. "Temos o pior contrato da Série A", afirmou o presidente do clube cearense, Marcelo Paz.

A Turner aceitou pagar R$ 17 milhões a mais para cada clube como compensação. Com contrato por menos anos, o Internacional levará R$ 8 milhões. Isso virá por meio de contratos novos com a negociação de outras propriedades, não relacionadas ao Brasileiro.

Não foi especificado quais propriedades, mas a Turner já fez parcerias por sócios-torcedores e amistosos com o Palmeiras. Foram justamente essas propriedades que foram assinadas como luvas para a agremiação alviverde, o que gerou questionamento dos outros clubes.

Além disso, a Turner abriu mão da transmissão de jogos para a própria praça onde ocorrerá a partida. Isso significa que Internacional e Bahia, por exemplo, não poderá ser transmitido para Salvador quando for realizado na capital baiana.

Esse item foi considerado o mais vantajoso pelos clubes. Explica-se: com isso, deixariam de perder 20% dos contratos do pay-per-view o que, a longo prazo, representa mais do que as luvas.

A Turner não quis comentar as negociações, alegando confidencialidade do contrato. Afirmou que cumpre os acordos firmados:

"A Turner cumpre integralmente os seus contratos firmados e em respeito às cláusulas de confidencialidade, e aos clubes, não comenta essa relação por meio da imprensa. Nós permanecemos em contato constante com os clubes, especialmente agora, que a partir do próximo mês transmitiremos os jogos do Campeonato Brasileiro do qual faremos uma cobertura e transmissão como o torcedor nunca viu".

Colaborou Gabriel Vaquer

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.