CBF faz melhorias no calendário, mas ainda precisa de reforma ampla
Ao assumir seu mandato como presidente da CBF, Rogério Caboclo anunciou o corte de duas datas dos Estaduais para 2020, caindo de 18 para 16 datas, confirmando informação publicada no blog. O novo diretor de desenvolvimento da entidade, Juninho Paulista, quer aumentar competições para times de menor expressão. A medida e o plano são positivos para o calendário do futebol brasileiro, mas ainda não são a reforma ampla necessária para o futebol nacional.
As mexidas em datas dos Estaduais e de campeonatos da Conmebol vão possibilitar que não ocorram mais jogos da seleção em dias de partidas de clubes. "Datas Fifa, quando a gente fala nela, são normalmente dez datas por ano. Todas aquelas em que tivermos competições nacionais param. Esse é o compromisso", disse Caboclo.
O dirigente, no entanto, não garantiu que essa redução dos Estaduais continuará a ocorrer nos próximos ano. A manutenção de 16 datas ainda deixa o Brasileiro, competição mais relevante do calendário, com início em abril, apenas no quarto mês do ano.
E Caboclo reconheceu que as federações estaduais continuam a ter autonomia para botar jogos sobrepostos a partidas da seleção se quiserem. "As datas Fifa estão preservadas no calendário da CBF em relação aos Estaduais. Vai ser uma decisão de cada qual se vai preservar essa data porque eles têm autonomia para isso", analisou A Federação do Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, é contra a redução para 16 datas e pode, portanto, tentar manter seus 18 jogos.
Um outro ponto importante em relação ao calendário é a ideia do novo diretor de desenvolvimento do futebol, Juninho Paulista, de criar um calendário efetivamente anual para os clubes menores. Ressaltou que é preciso consolidar a Série D. E falou também em estudar implantar outras séries nacionais se houver espaço. Mas descarta acabar com Estaduais.
"Todo mundo tem um consenso que não tem que acabar com Estaduais, são times grandes envolvidos. Talvez 16 datas para São Paulo seja pouco, e para outros seja muito. (Temos que trabalhar) Para que os times profissionais, tenham calendário o ano inteiro. Talvez mais séries. Quem disputa Estadual tenha um segundo semestre para disputar", contou Juninho.
Em resumo, a CBF deu uma podada nas árvores, mas manteve uma floresta densa de jogos em que times ainda podem terminar a temporada com mais de 70 jogos. E ainda não tem um plano de reforma amplo para o calendário. Para quem estava aliviado de fato era o técnico Tite que não terá mais de passar pelo desgaste de desfalcar times ao convocar jogadores para a seleção.
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