Bilheteria do Palmeiras equivale às de Corinthians, Santos e SPFC juntas
Disputando os principais títulos do ano, o Palmeiras tornou-se o primeiro clube brasileiro a ultrapassar o patamar de R$ 100 milhões em bilheteria em 2018. O valor de R$ 116,4 milhões é quase igual às arrecadações somadas de São Paulo, Corinthians e Santos, que totalizam R$ 118,7 milhões. É o que mostra um levantamento da Ernst & Young sobre as contas dos grandes paulistas.
Somado à alta com negociação de jogadores, o clube alviverde teve larga vantagem sobre a receita total dos rivais, ainda que o Corinthians tenha renda superior de televisão. No total, o Palmeiras somou R$ 654 milhões no ano diante de R$ 470 milhões dos corintianos.
Em relação à bilheteria, o patamar recorde palmeirense tem relação direta com a construção do Allianz Parque e com o desempenho esportivo do time, envolvido em um grande número de jogos decisivos. Em 2018, disputou a final do Paulista, mata-matas em Copa do Brasil e Libertadores até as semifinais. Além disso, houve a campanha vitoriosa no Brasileiro com partidas relevantes no estádio.
Para entender a importância do Allianz Parque, o Palmeiras tornou-se líder de arrecadação com ingressos no Estado justamente em 2014 (ainda de forma tímida) que foi o ano de construção. Antes disso, chegou a ser o lanterna em bilheteria nos anos de 2010 e 2011. Desde então, tem levado vantagem, feita a ressalva que o Corinthians passou dois anos (2015 e 2016) sem registrar a bilheteria por pertencer ao fundo da arena.
Nos últimos dez anos, como se pode ver no gráfico, o Palmeiras se aproxima de meio bilhão de reais em bilheteria. Não é possível a comparação com o Corinthians, que tem estádio novo e próprio, porque este não declarou dois anos o valor arrecadado. Mas fica claro sua superioridade sobre o São Paulo com um Morumbi mais antigo, que pouco evoluiu em termos de receitas.
Abaixo, podemos ver o gráfico de receita total de cada um dos quatro grandes paulistas nos últimos dez anos:
É possível observar um claro incremento de receitas do trio de ferro nos últimos dez anos. Em paralelo, a distância para o Santos tem se alargado, especialmente na última temporada em que ele teve aproximadamente metade da renda de São Paulo e Corinthians, com apenas R$ 218 milhões. Uma das justificativas santistas é que a venda de Rodrygo para o Real Madrid só será contabilizada neste ano.
Apesar da evolução das receitas, é possível perceber que os gastos também tiveram incrementos no mesmo patamar entre os grandes paulistas. O estudo da Ernst & Young mostra que as rendas aumentaram 224%, enquanto os gastos com o departamento de futebol subiram 232%.
Uma demonstração disso é que, em 2018, três dos grandes (Santos, Corinthians e Palmeiras) tiveram aumento nas suas dívidas líquidas (passivo menos ativo circulante e depósitos judiciais). Isso se explica, no caso palmeirense, pela contabilização de 142 milhões em débitos com a Crefisa na negociação do aditivo do contrato, após a empresa sofrer multas da Receita Federal. Esse dinheiro foi justamente investido na compra de jogadores. Já Santos e Corinthians fecharam com déficits o ano.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.