Com maior renda, Palmeiras lidera gasto com futebol no país. Veja ranking
Com a maior renda do país, o Palmeiras lidera os gastos anuais com futebol entre os clubes brasileiros por uma larga vantagem de R$ 139 milhões sobre o segundo colocado, o Corinthians. É o que aponta um estudo da Ernst & Young sobre as finanças de 2018 das 23 principais agremiações do país. O panorama geral mostra que os times aumentaram seu investimento no principal departamento apesar da queda de receita.
O déficit geral dos clubes foi levemente menor do que em 2017: ficou em R$ 25 milhões. Mas a maioria dos clubes fechou no vermelho: foram 14 times nesta situação, com nove agremiações com superávit.
Explica-se: a receita total dos clubes caiu ao mesmo tempo que houve aumento nos gastos com departamento de futebol. No total, foram R$ 5,361 bilhões de receitas dos 23 clubes em 2018, R$ 67 milhões a menos em 2017. É a maior queda de renda dos times brasileiros nos últimos dez anos – na única vez em que houve redução, em 2014, foi de menos de R$ 10 milhões.
O Palmeiras, no entanto, não pode reclamar de falta de dinheiro. O clube recuperou o posto de maior receita do futebol brasileiro com um total de R$ 654 milhões, superando o Flamengo por mais de R$ 100 milhões. Com isso, conseguiu ser o maior investidor no departamento de futebol no país com um total de R$ 517 milhões, contra R$ 378 milhões do Corinthians. Ainda assim, a agremiação alviverde fechou com superávit.
Veja em seguida o ranking de receitas do futebol nacional. Apesar de estar entre os cinco que mais gastam com futebol, o Cruzeiro é apenas o sexto no ranking de renda e mesmo assim após incluir a venda de Arrascaeta ao Flamengo no ano de 2018 em operação controversa sob o ponto de vista contábil. Ou seja, ao contrário de Flamengo e Palmeiras, o futebol do time mineiro não é sustentável pelas rendas obtidas.
Um ranking geral mostra como houve a primeira queda mais acentuada de receita entre os 23 principais clubes do futebol brasileiro, e mesmo assim o custo dos departamentos de futebol continuou a subir.
A queda de receita ocorreu também porque há um aumento da dependência dos clubes brasileiros na venda de jogadores. Em 2017, a receita representava 18,3% do total, o que passou para 24% em 2018. Isso pode ser explicado tanto pelo câmbio, com o dólar e euro em alta, quanto pela queda em receitas como patrocínios. A renda de televisão, a principal, manteve-se estável.
No geral, o levantamento da Ernst & Young aponta um aumento do endividamento líquido dos clubes brasileiros que atingiu R$ 7,354 bilhões, cerca de R$ 400 milhões a mais do que no ano anterior. Mas é preciso fazer uma ressalva: houve uma mudança na contabilidade dos clubes que teve impacto nas contas sem que represente de fato uma piora no desempenho econômico.
Os clubes passaram a contabilizar as luvas da televisão no seu passivo, embora não tenham que devolver esse dinheiro (isto é, não é dívida de fato). Assim, só nos casos de Flamengo e Fluminense há um impacto de R$ 186 milhões para mais nas dívidas líquidas. E esse dinheiro não é adiantamento, nem tem que ser devolvido.
O Botafogo continua a ter a pior situação entre os clubes nacionais, inclusive porque sua dívida representa quase o quádruplo de sua receita anual. Veja abaixo a dívida de cada clube:
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