Janela de transferência tem abismo crescente entre superligas e mundo
Encerrada no início de setembro, a janela de transferências do meio do ano expôs mais uma vez o crescente abismo financeiro entre as cinco ligas mais ricas e o restante do mundo. Neste período, times da Inglaterra, Alemanha, França, Espanha e Itália foram responsáveis por 75,7 % dos gastos mundiais com contratações. Ou seja, o restante das equipes do mundo investiu apenas um quarto do total.
Dados do relatório do sistema de transferência da Fifa mostram que a janela teve gastos totais de US$ 5,8 bilhões (R$ 23,7 bilhões). Desse total, US$ 4,4 bilhões foram investimentos feitos por times desses cinco grandes países europeus, chamados de BIG 5 pela Fifa. Houve um aumento em relação à janela de transferência do ano passado em que foram gastos US$ 4 bilhões por clubes dessas principais ligas.
Percentualmente, a diferença entre o mundo e as cinco principais ligas até se manteve estável em relação ao ano passado quando as cinco principais ligas gastavam 76% do total das contratações do mundo.
A questão é que, em nove anos dessa década, o buraco só tem crescido entre as ligas que têm superclubes como Real Madrid, Barcelona, Manchester City, Manchester United, Juventus e PSG em relação às outras. Para se ter ideia, em 2011, os times das cinco principais ligas gastavam US$ 1,3 bilhão em contratações, enquanto o restante do mundo estava em US$ 782 milhões. Assim, os campeonatos mais ricos eram responsáveis por 62,4% do total.
Nessa década, portanto, as cinco ligas europeias aumentaram em 237% os seus gastos. O restante do mundo, no mesmo período, teve 80% de aumento. Considerando que os grandes do velho continente já saíram de um patamar superior, o abismo subiu para US$ 3 bilhões entre grandes europeus e o restante do mundo.
Esse tipo de discrepância tem levado à Fifa a estudar mudanças nas regras de transferências. Entre as medidas, está a proibição de clubes acumularem jogadores em seu elencos que ficam emprestados a outros times menores como uma reserva de mercado. Além disso, cogita-se aumentar o percentual de solidariedade para clubes formadores.
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