Conmebol endurece com torcida na Libertadores e dá multas de até R$ 800 mil
O tribunal disciplinar da Conmebol endureceu as punições a clubes pelo comportamento de torcidas nas fases finais da Libertadores e da Sul-Americana e já aplica multas que chegam a US$ 200 mil (R$ 825 mil) com retenção de cotas de TV. Isso é resultado de regras mais restritivas para torcedores criadas pela confederação para este ano. Clubes como River Plate e Corinthians, Cerro Porteño já receberam penas pesadas.
A Conmebol tem tentado nos últimos anos melhorar a imagem das competições sul-americanas como parte do incremento da comercialização dos torneios. Isso foi prejudicado pelo episódio de violência na final da Libertadores de 2018 entre Boca Juniors e River Plate. Com isso, a Conmebol endureceu os regulamentos aumentando o número de proibições para torcidas para a atual edição.
Como resultado, a partir das quartas-de-final da Libertadores, sete dos oito clubes participantes tomaram alguma multa ou punição. A mais dura foi dada para o River Plate com retenção de US$ 200 mil (R$ 825 mil) por fogos de artifícios e sinalizadores no clássico diante do Boca Juniors, além de um jogo de portões fechados. O comportamento da torcida também provocou uma multa de US$ 200 mil para o Cerro Porteño, quando a torcida usou fogos e arremessou objetos no campo.
Punições menores, a maioria por fogos de artifício ou danos causados por torcedores, foram aplicadas para Flamengo, Grêmio e Internacional. Outros clubes como Palmeiras e Boca Juniors tiveram punições por procedimentos nos jogos, no caso alviverde, seus jogadores não deram entrevistas.
Na Sul-Americana, Atlético-MG, Corinthians, Fluminense e Colón foram punidos. A maior pena foi para o Corinthians com multa de US$ 100 mil (R$ 412 mil) por sinalizadores, venda de ingressos no dia e a exibição de um bandeirão.
"Sigo estritamente o regulamento. Nem tem liberdade para fugir disso. Julgo dentro do código de acordo com minha consciência", contou o membro do tribunal disciplinar, Antônio Carlos Meccia, que diz que não houve instrução para endurecer as penas. Para ele, as penas são uma consequência natural do código mais duro. "Isso, sim, aumenta a pena pelo regulamento para evitar a bagunça que estava."
Os casos de reincidência têm gerado penas maiores. O River Plate, por exemplo, sofreu essa multa de US$ 200 mil depois de já ter sido punido anteriormente na competição. Além disso, o clube tinha protagonizado o caso de violência na final com o rival Boca Juniors em 2018.
As semifinais da Libertadores, por sinal, serão um teste para a nova postura da Conmebol. Nesta terça-feira, haverá o jogo na Bombonera entre os dois rivais argentinos sendo que o River é favorito à vaga. E, na quarta-feira, o Flamengo receberá o Grêmio no mesmo Maracanã onde houve uma balbúrdia na final da Sul-Americana em 2017. Há previsão de grandes esquemas de segurança para essas partidas.
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