Conmebol previne-se com plano B apesar de apostar em final em Santiago
Com Marcel Rizzo e Pedro Ivo Almeida
A Conmebol dobra a aposta na realização da final da Libertadores entre Flamengo x River Plate em Santiago ao mesmo tempo que engatilha um plano B para o caso de isso se tornar inviável. Nesta quarta-feira, o governo chileno reafirmou o compromisso de realizar a decisão. Mas é impossível saber como estarão no futuro os ânimos das ruas da capital do país por conta dos protestos contra o governo.
Desde o início das manifestações, a Conmebol tem mantido a convicção da realização da decisão única no Chile, no dia 23 de novembro. Mas os cancelamentos de dois eventos importantes -Apec e COP-50 – deixaram dirigentes da entidade inseguros. Começaram a discutir saídas para a realização do evento. As declarações da ministra de Esporte do Chile, Cecilia Perez, até esfriaram os ânimos.
Diante disso, a Conmebol decidiu-se por manter o jogo pelo alto investimento já feito no Chile. O Estádio nacional passou por reformas inclusive na sua infraestrutura. Já foi organizada logística para os dois times, com hotéis e locais de treinamentos definidos. Cada time tem um calhamaço de regras para cumprir em pontos definidos desde 20h da quarta-feira anterior à decisão. Patrocinadores investiram forte na promoção da primeira final única.
Ao mesmo tempo, há a consciência de que a situação chilena arrefeceu um pouco, mas segue bastante instável. Ou seja, a Conmebol vê como real a chance de ter de realizar uma mudança. O presidente da confederação, Alejandro Dominguez, já tem um plano B para o caso de haver problemas.
Não foi possível saber com precisão o plano. Mas, internamente na Conmebol, uma possibilidade é o estádio do Cerro Porteño "La Nueva Olla", em Assunção. O equipamento receberá a final da Copa Sul-Americana, no dia 9 de novembro. Sua capacidade é de 45 mil pessoas, contra 48 mil do Estádio Nacional. Já está portanto revisado e preparado pela confederação para receber um jogo decisivo.
A tendência é que ocorra uma nova avaliação sobre o tema no Conselho da Conmebol no dia 7 de novembro quando a cúpula estará reunida no Paraguai pouco antes da final da Sul-Americana. Neste momento, faltarão 16 para a decisão da Libertadores e portanto um prazo apertado, porém viável para a mudança.
Alguns dos pontos já meio definidos na Conmebol é que não há possibilidade de realizar dois jogos, o que desrespeitaria o regulamento e compromissos comerciais. Nem há vontade de tirar novamente a final do continente, e obviamente Brasil e Argentina estão descartados como local de uma decisão por favorecerem um dos dois times.
Apesar desse plano B, é preciso ressaltar que a Conmebol segue com todos os preparativos para a realização do jogo em Santiago enquanto monitora os protestos com as autoridades. Se não ocorrer nenhuma virada de grande porte, é no Chile que será o jogo.
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