Vice do Fla defende valor acordado com famílias: 'Resolve vidas'
Com Léo Burlá e Alexandre Araújo
O caso das indenizações pelas dez mortes de adolescentes no CT do Ninho do Urubu continua sem solução plena após dez meses. A diretoria rubro-negra defende o valor dos três acordos e meio já feitos, assim como a decisão de recorrer de decisões do Ministério Público Estadual. Entende que o que foi combinado resolve as vidas das famílias sob o ponto de vista financeiro.
O montante não é revelado pelo clube, mas a reportagem apurou que gira em torno de R$ 1,2 milhões, mais pensões com pagamento mensais. Esse valor é em torno do triplo do padrão para estes casos de pensão por morte na Justiça, que é de cerca de R$ 400 mil e R$ 500 mil. Mas está abaixo da pedida do Ministério Público Estadual de R$ 2 milhões, mais pensões de R$ 10 mil por mês.
Dos dez casos, três famílias fizeram acordos com o Flamengo, além de um dos pais do garoto Riquelmo. Há outros cinco casos em aberto e uma família já foi para a Justiça.
"Queremos negociar e resolver. Entendemos que o valor (do acordo) resolve as vidas das famílias. Mas pode ter um advogado ou uma família que pensem diferente", analisou o vice-presidente do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches.
Segundo ele, o valor acertado com as três famílias tem que ser respeitado em outros acordos, pois seria injusto pagar a mais a quem fez acordo depois. O que ele admite é que o clube pode fazer é ajustar os valores de pensão, e não o montante total pago. Mas, se isso ocorresse, seria feito para as famílias que já se acertaram.
"Já temos um valor acertado com essas famílias e não seria justo pagar mais para as outras", ressaltou. Dunshee ressaltou que a vontade é negociar diretamente com os parentes dos meninos mortos. Por isso, o clube recorreu contra o aumento da pensão provisória de R$ 5 mil para R$ 10 mil por entender que o Ministério Público não deveria ser parte da ação.
A relação do Flamengo com promotores têm sido conflituosa desde o incêndio. As propostas feitas pelo promotores foram recusadas, e o houve uma tentativa do MP de bloquear as contas do clube que não prosperou. O Flamengo tem em torno de R$ 2o milhões reservados em seu orçamento de 2019, sendo R$ 10 milhões já gastos, para as indenizações e despesas com a tragédia do Ninho co Urubu.
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