Cabeça-de-chave ajuda Flamengo a evitar perrengues na Libertadores-2020
O sorteio da Libertadores, como o próprio nome diz, define no acaso o caminho de cada time no início da competição. Mas o histórico da competição mostra que é relevante para o Flamengo ocupar a posição de cabeça-de-chave nos grupos. Nas suas participações nos últimos dez anos, o time complicou-se quando esteve mal posicionado nos potes do sorteio e se deu melhor quando tinha um status superior.
A Conmebol divulgou nesta segunda-feira a lista de potes do sorteio da Libertadores que ocorrerá nesta terça-feira, em Assunção, no Paraguai. Entre os cabeças-de-chave, estão o Flamengo (campeão), Grêmio e Palmeiras pelo ranking da Conmebol, além de River Plate, Boca Juniors, Olimpia, Nacional e Peñarol. São quatro potes, cabeças-de-chave, 2, 3 e 4, este último incluindo times que vêm das fases preliminares.
Há claro a possibilidade de pegar times fortes do pote 1 como Independiente Del Valle (campeão da Sul-Americana) e Racing, além de colombianos Junior e America de Cali no pote 3, e Corinthians e Internacional vindos da pre-Libertadores. Mas o campeão já se livra de Boca e River, além dos brasileiros que não podem estar no seu grupo.
E isso é reelvante se olharmos o histórico do clube. Nas seis participações, as duas melhores campanhas foram em 2019, obviamente, com o título. O time era do pote 2 no sorteio e pegou grupo do Peñarol como cabeça-de-chave, sendo que o time uruguaio tem um péssimo histórico recente na Libertadores. Passou em primeiro.
A outra campanha em que avançou mais foi em 2010. Como campeão brasileiro, o Flamengo era cabeça-de-chave: passou em segundo do grupo como pior segundo em um grupo com Universidad do Chile, Católica e Caracas. Foi até as quartas-de-final após eliminar o Corinthians. No ano de 2018, o time esteve no pote 3 do sorteio, ficou no grupo do River Plate, passou em segundo e depois saiu nas oitavas-de-final para o Cruzeiro.
Em três edições, o Flamengo foi eliminado ainda na fase de grupos. Foi assim em 2012 quando o time veio da pre-Libertadores e portanto estava no pote 4 do sorteio. caiu no grupo de Emelec, Olimpia e Lanús na última rodada. Em 2014, o time estava no pote 2 e foi eliminado como terceiro colocado, atrás de Bolivar e León. Em 2017, desta vez no pote 3 do sorteio, entrou em grupo da morte com Athletico-PR, San Lorenzo e Universidad Católica. Foi desclassificado na última rodada.
Ao minimizar o potencial de jogos contra times difíceis, a cabeça-de-chave reduz os perrengues para passar da fase de grupos e ao mesmo tempo potencializa uma campanha para ser primeiro no geral. Neste caso, o time passa a decidir eliminatórias em casa. Na última edição, ao passar em primeiro, o time decidiu duas das três eliminatórias (Emelec e Grêmio) no Maracanã. Portanto, o título da Libertadores de 2019, além de ter marcado a história do clube, facilita o caminha do clube o ano seguinte.
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