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Rodrigo Mattos

Título da Libertadores passa a valer mais do que da Copa do Brasil

rodrigomattos

18/12/2019 04h00

A Conmebol reajustou o prêmio de campeão da Libertadores e o valor superou o que é pago ao vencedor da Copa do Brasil. Assim, a competição mais importante do continente se torna a com maior premiação. Pode parecer óbvio, mas isso só ocorrerá agora, em 2020.

Durante o sorteio da Libertadores, o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, informou que o valor pago pelo título passará para US$ 15 milhões (R$ 61 milhões). Até 2019, o prêmio pela taça atingia US$ 12 milhões (R$ 49 milhões), que foi o valor arrecadado pelo Flamengo neste ano.

O campeão da Copa do Brasil, por sua vez, atingiu R$ 52 milhões neste ano, dinheiro que sai do acordo da CBF com a Globo e ficou como Athletico-PR neste ano. Haverá provavelmente um reajuste pela inflação, mas, como não há novo contrato, o valor ficará abaixo da Libertadores.

Considerando toda a campanha, a competição sul-americana já gerava mais dinheiro no total do que a Copa do Brasil. Se um time chegar ao título, ficará com um R$ 91,6 milhões se começar da fase de grupos. Na atual temporada, gerava R$ 77 milhões. O total obtido pelo campeão da Copa do Brasil é de R$ 68 milhões.

No geral, no entanto, o reajuste das cotas da Libertadores feito pela Conmebol foi pequeno. O valor total pago aos clubes passou de US$ 161,9 milhões para US$ 168,3 milhões. Isso porque não houve aumento no contrato de direitos da competição sul-americana, que vai até 2022. Para 2019, tinha havido um salto justamente porque passou a valer o novo contrato de direitos de televisão feito com o grupo IMG/Perform, que comprou a Libertadores para depois comercializa-la a veículos em diversos países.

Há uma expectativa também de que a final única gere novo boom de receitas para a competição sul-americana. Cada clube finalista fica com 25% da receita líquida da bilheteria da final, isto é, excluída as despesas para realização do jogo. O impacto do jogo único, que foi considerado um sucesso de repercussão, só deve ser sentido financeiramente a partir do segundo ano.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.