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Apagão ajuda Galo a levar Brasil à nona final seguida da Libertadores

rodrigomattos

11/07/2013 00h38

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_ )

Em uma país que investirá R$ 7,6 bilhões em estádios para a Copa-2014 não deveria haver apagão em uma semifinal de Libertadores. Mas, ironicamente, foi justamente uma falha das luzes do Independência que ajudou o país que investe milhões em times de futebol a chegar à nona final seguida da competição. Quase morto, no horto, o Atlético-MG renasceu  após uma paralisação do jogo que lhe deu novo fôlego para bater o Newell's Old Boys nos 90 minutos e nos pênaltis.

Desde 2004 que a decisão do torneio sul-americano tem pelo menos uma equipe nacional – o país acumula um tricampeonato no momento. Fruto, óbvio, do maior investimento do Brasil em relação aos rivais. O Galo, por exemplo, sobrava em números sobre os adversários, com um aproveitamento até agora de 72,2% em sua campanha.

O que iguala o nível em campo são as circunstâncias do desorganizado futebol sul-americano. Então, o Atlético-MG, como ocorrera com o Corinthians diante do Boca Juniors, viu o árbitro Roberto Silveira errar duas vezes ao ignorar dois pênaltis.

Isso depois de um início arrasador no primeiro tempo em que conseguiu um tento nos minutos iniciais com Bernard e sete conclusões a gol no primeiro tempo. O time argentino apenas superava o rival nos desarmes.

No segundo tempo, o Galo era uma pálida lembrança do futebol apresentado na primeira fase. Chutou menos a gol, e foi controlado pelo adversário que conseguiu quase o dobro de desarmes, 29 a 16. Não parecia haver saída para o time brasileiro.

Mas, quando faltavam 15min, parte das luzes do Independência apagaram. E o técnico Cuca festejou e mexeu no time com as entradas de Alecsandro e Guilherme. Renascido após 11min de paralisação, o Galo empatou com o atacante substituto.

Nos pênaltis, de novo, a realidade do futebol sul-americano se impôs: o gramado em volta da marca estava em estado péssimo. Os jogadores pisavam na areia, e erravam seguidamente. Foram cinco falhas em 10 cobranças. Mas, ao final, o time mais caro, e de melhor campanha prevaleceu com o voo de Vitor para pegar o chute de Maxi Rodriguez.

Agora, a final será no novo Mineirão, estádio da Copa. Espera-se que não se apaguem as luzes mais uma vez. Ou, para o torcedor atleticano, isso depende do andamento do jogo.

 

 

 

 

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Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.


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