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Governador sinaliza que não quer estádio do Fla na Gávea

rodrigomattos

03/09/2013 17h38

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_ )

Durante a reunião desta segunda-feira, em que foi negociado um acordo para uso do Maracanã, o governador Sergio Cabral mostrou-se bem pouco simpático à ideia da construção de um estádio do Flamengo na Gávea. A informação é de membros da diretoria rubro-negra, que tem um projeto de construção de uma arena no local para entre 25 mil e 30 mil pessoas.

Os cartolas do clube discutiram com Cabral as condições do acordo com o consórcio Maracanã S/A para uso do estádio, no qual reclamam de altas despesas e descontos de sua renda. Dentro desse debate, há a possibilidade de uma contrapartida de investimento na sede do clube na Gávea. Já houve conversas com a Odebrecht, líder do grupo, sobre levantar a arena rubro-negra à beira da Lagoa. O projeto tem forte defesa dentro do clube, embora não seja consenso.

Só que Cabral não gostou dessa ideia. Ele já vetara outro projeto de estádio na Gávea para 30 mil, e voltou a se mostrar desfavorável. Há uma resistência de moradores do Leblon a essa proposta. Até a publicação deste post, a assessoria da secretaria de Esportes, que foi porta-voz sobre o assunto, não se manifestara sobre o tema.

A posição do governador complica o plano dos cartolas rubro-negros, afinal, é necessária licença estadual para a construção. A Odebrecht acenava com o investimento na Gávea para atrair o Flamengo para um acordo a longo prazo no Maracanã. Sem isso, a negociação se restringirá às condições para uso do estádio da final da Copa-2014.

Está prevista para esta semana uma reunião entre a Odebrecht e o clube para tentar alinhavar os termos de um novo compromisso para utilização da arena. Hoje, os dois lados dividem receitas e despesas. O Flamengo continua pressionando pela redução das despesas do estádio, o que elevaria a sua participação na receita final. A ideia era até assumir a gestão dos jogos.

Mas está praticamente descartado dentro da construtora a cessão ao clube da organização das partidas. A maior possibilidade, portanto, é de se encontrar um modelo híbrido em que sejam reduzidos os custos para o clube, mesmo que não se chegue aos termos do contrato do Fluminense, que está isento de despesas. De qualquer jeito, uma solução definitiva ainda parece distante.

Até porque, além da diretoria, o Flamengo teria de aprovar um contrato longo dentro do Conselho Deliberativo do clube. Há uma forte corrente de conselheiros que defende que nenhum acordo seja assinado até que seja encontrada uma solução para uma casa própria rubro-negra. Ou seja, essa negociação triangular vive um impasse no momento.

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Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.


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