Arbitragem é vilã da Copa. Fifa rebate: 'Complô para Brasil é fantasia'
rodrigomattos
13/06/2014 14h30
Em dois jogos, a arbitragem da Copa-2014 cometeu três erros graves no Grupo A, justamente o do Brasil. Primeiro, foi o pênalti mal marcado em favor da seleção. Depois, foram duas anulações equivocadas de gols do México. Nesta quinta, a Fifa chamou de "fantasia" teoria de conspiração em favor do país-sede.
A onda de acusações de favorecimento à seleção começou na abertura com as declarações dos croatas, um deles chegou a mandar entregar "logo a taça para o Brasil". Disseminou-se na imprensa a sensação de ajuda dos árbitros ao Brasil.
Nesta quinta-feira, antes da partida entre México e Camarões, o chefe dos árbitros da Fifa, Massimo Bussacca, classificou como "fantasia" um suposto esquema em favor do Brasil. Defendeu a honestidade dos juízes.
A questão chegou a tal ponto que até o diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil, assumiu a defesa da integridade da competição.
"Todo mundo tem sua opinião. Mas, se você pretende dizer que há ajuda ao Brasil como país-sede…. Aqui na sala, metade diria que não foi pênalti e outra metade seria pênalti. Fifa não está aqui para favorecer o paîs-sede. Podemos ver várias vezes o replay, e isso vai acontecer. Há questões de interpretação e não são justas (teorias da conspiração). Nenhum erro será feito de propósito", rebateu.
Poucas horas depois, Giovanni dos Santos marcou dois gols de forma legítima, mas os lances foram anulados. Isso, claro, não siginfica que há um complô. Mas colocou em xeque a arbitragem do Mundial.
Bussacca repetiu que árbitros são "humanos". E deu a entender que, mesmo se fosse instituído um replay para conferir, não seriam eliminadas as falhas de marcação. "Ai, teríamos erro zero", ironizou. O próprio presidente da Fifa, Joseph Blatter, sugeriu que fossem utilizadas as repetições.
Sobre o Autor
Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.
Sobre o Blog
O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.