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Favorita, Alemanha sobra na estreia e Müller vira ameaça a Ronaldo

rodrigomattos

16/06/2014 14h55

Antes da Copa-2014, havia quatro seleções que apareciam com muito maior frequência na lista de favoritos: Brasil, Argentina, Espanha e Alemanha. Com a estreia dos quatro, fica claro que os germânicos tiveram a largada mais convincente ao baterem Portugal com facilidade em Salvador. E já tem o artilheiro da competição: Thomas Müller, com três gols.

Ressalte-se: equipes listadas como concorrentes secundárias fizeram boas apresentações em suas primeiras partidas, como a Holanda, França e Itália. Assim, também são candidatos ao título. Ainda faltam três jogos para o final da rodada, mas todos os times principais já jogaram.

Os alemães tiveram um início arrasador com leve favorecimento da arbitragem. Não dá para dizer que houve nenhum erro feio a favor dos germânicos, mas, na dúvida, foram marcados os lances para eles.

O pênalti em cima de Gotze é discutível. Para este blog, ele era, de fato, agarrado na área. Mas, quando cai, estava solto e deu uma simulada. Ou seja, não houve penalidade. Só que determinada câmera, de ângulo diferente, indicava o contrário.

No caso da expulsão de Pepe, o árbitro deu uma exagerada, visto que ele não atingiu de forma muito violenta Müller. Mas a imprudência do zagueiro de Portugal, ao simular cabeçada no rival, levou o juiz a mandá-lo embora.

A verdade, no entanto, é que o cenário do jogo mostrava que o time português seria derrotado de qualquer jeito, com 10 ou 11. Envolvente, a Alemanha articulava bem seus atacantes e meias, como Müller, Gotze, Kroos, Özil, e botava Portugal na roda.

Cristiano Ronaldo, topete caído e sentindo uma má forma física, pouco produzia. Ameaçou pouquíssimo, e só apareceu de fato por um piti contra o juiz, em que pedia um pênalti inexistente.

Ao final, quem foi vê-lo: acabou encantado com Müller, uma versão germânica de Renato Gaúcho. Meia arriada, jeito provocador, rápido e letal na área. Fez três gols e atingiu oito em Copas do Mundo, com apenas 24 anos. Tornou-se, de fato uma ameaça para a artilharia de Ronaldo em Mundiais, com 15, tanto quanto Klose, na reserva.

Afinal, tem essa Copa e outras duas, provavelmente, para fazer mais sete gols. Pelo seu ritmo, tem chances de atingir esse recorde.

De saldo final, a goleada alemã impressionou bem mais do que a boa estreia brasileira diante da Croácia, a magra vitória argentina diante da Bósnia e, obviamente, do que o sacode sofrido pelos espanhóis. Se a primeira impressão é a que fica, a Alemanha levou vantagem entre os favoritos.

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Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.


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