A reclamação da seleção da Costa Rica por exames antidoping em sete de seus jogadores, após a partida com a Itália, não mudará a estratégia da Fifa de fazer testes de surpresa. Tanto que, além do time latino-americano, o craque Cristiano Ronaldo também foi alvo de verificação relâmpago da entidade internacional.

Para a Copa-2014, a Fifa decidiu implantar o controle do passaporte biológico dos atletas, o que significa testes em buscas de irregularidades no sangue deles, além dos que tentam identificar estimulantes. Mas apenas 85% dos jogadores foi examinado até agora, segundo revelou o chefe médico da Fifa, Micheal D'Hoogue, ao blog.

"Nenhum jogador vai sair desta Copa sem ser testado. Vamos testar todos", afirmou o belga. Por isso, ele disse que não tinha motivo para pedir desculpas para a Costa Rica, que reclamou do procedimento. "Não temos porque pedir desculpas por um bom controle de doping."

Normalmente, após os jogos, são feitos exames para pegar substâncias estimulantes em dois jogadores sorteados. Mas haverá mais atletas testados por conta do exame de passaporte biológico. A explicação é de que não foi possível verificar antes do Mundial.

Um exemplo são os jogadores da Liga dos Campeões, que chegaram ao Brasil mais perto do Mundial. Por isso, o diretor médico da federação internacional, Jiri Dvorak, explicou que Espanha e Portugual passaram por testes-surpresa assim como os feitos nos costarriquenhos. Isso incluiu o melhor do mundo Cristiano Ronaldo, que foi examinado após o jogo contra a Alemanha, e não reclamou. "

Te dou um exemplo, se alguém perdeu, como time espanhol, também não é fácil ser testado. Houve jogadores da final da Liga Campeões e fizemos cinco testes (com espanhóis). E ninguém percebeu, e testamos os portugueses que estavam na Liga dos Campeões. Tem que ser feito sem anúncio", contou ele.

Até agora não há nenhum caso positivo de doping na Copa-2014. O procedimento de testes-surpresa repete o que ocorre nas Olimpíadas, em que também há contestações de atletas.