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Arena do Palmeiras terá gramado da Copa, mas diferente do Itaquerão

rodrigomattos

07/08/2014 06h00

Em fase da maturação, o gramado da Arena do Palmeiras tem o mesmo padrão de instalação, tratamento e até equipes usados na Copa-2014. O estilo da grama do estádio palmeirense, porém, será diferente do Itaquerão, casa corintiana que sediou a abertura do Mundial. A opção foi por um campo mais tropicalizado, em contraste com o padrão europeu alvinegro.

A empresa que cuida de ambos os gramados é a World Sports. No caso da Arena Palmeiras, a instalação da grama acabou em 18 de julho, e o período para maturação gira em torno de 45 a 60 dias. Sua primeira utilização ainda depende da conclusão do estádio.

"O sistema usado dentro da arena (do Palmeiras) tem a mesma concepção dos estádios da Copa do Mundo", explicou André Ostermayer, diretor de contratos da World Sports. "Existe um caderno do COL (Comitê Organizador Local) que foi usado no Palmeiras. Todo o orçamento foi feito em cima disso, com os materiais, o sistema de drenagem."

Sua empresa trabalhou em quatro gramados da Copa: Itaquerão, Arena das Dunas, Arena Pantanal e Beira-Rio. Na Arena do Palmeiras, que foi excluída como centro de treinamento da competição, houve também a supervisão da especialista Maristena Kuhn, que era a contratada do comitê do Mundial para campos.

Claro que o padrão de cada varia de acordo com a escolha da grama. E houve problemas com os campos da Copa, sim, com reclamações de jogadores e treinadores.

Bom, no caso palmeirense, a grama escolhida foi a Bermuda Tiffgrand, que é mais tropical. É um tipo mais comum no Brasil por se adaptar mais à temperatura local em comparação com a Hygrass, europeia, usada no Itaquerão. Os tratamentos, portanto, são bem diferentes.

"A manutenção o ano inteiro implica em usar sementes de grama de inverno quando chega o frio para misturar com a tropical. Isso acontece nos campos em Estados abaixo do Rio de Janeiro", contou Ostermayer.

Em comparação, o gramado corintiano tem que ter mais cuidados durante o verão quando é acionado um sistema de resfriamento por ar-condicionado. Isso implica em um custo maior. Só que o diretor da World Sports explica que ambos têm manutenção bem cara por conta de máquinas e cuidados especiais.

Em relação à qualidade para o jogo, Ostermayer explicou que os dois gramados têm padrões altos e similares desde que tratados de forma correta. Ou seja, a bola deve correr com a mesma velocidade e sem pulos em ambos. O corte, no caso palmeirense, está previsto para 1,8 cms, bem baixo. Na Copa, eram 2,4cm.

Essa decisão pode mudar de acordo com opinião do técnico e características do time. Até agora, o Palmeiras não foi ouvido no processo, já que foi a W/Torre quem contratou a World Sports.

Sem disparidade técnica, o provável é que a diferença visível entre os gramados do Itaquerão e o da Arena Palmeiras seja apenas o aspecto em alguns jogos. Isso porque a grama europeia recupera mais fácil a sua cor verde uniforme após o desgaste de um jogo. Ironicamente, a grama corintiana poderá ter um verde mais intenso do que a palmeirense.

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Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.


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