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Excesso de confiança complica Corinthians na Libertadores

rodrigomattos

06/05/2015 21h39

No início do ano, o Corinthians caracterizava-se pela intensidade do jogo, em que a velocidade e esforço eram armas contra os adversários. Na sua primeira partida do mata-mata da Libertadores, o time se mostrou apático, e aceitando o domínio do bem armado e modesto Guaraní. O que aconteceu com o time montado por técnico Tite e classificado como melhor do Brasil?

Tal foi a transformação que a equipe que pressionava desde os inícios dos jogos deu apenas um chute a gol em um tempo no Paraguai. Não havia marcação pressão, não havia uma defesa fechada. Os paraguaios podiam atuar até meio soltos.

Resultado: apesar de suas limitações, o Guaraní já podia ter feito gol na primeira etapa quando Benitez entrou livre na área porque Luciano não o acompanhou. Só o desespero do atacante paraguaio impediu a abertura do placar.

Esse tipo de erro cometido pelo atacante se repetiu por parte dos defensores no segundo tempo. Santander, o centroavante de boa noção da posição do Guaraní, levava vantagem. Saiu seu gol quando ele acertou cobrança de longe e Cássio aceitou em um frango daqueles de pedir para sair. Detalhe: a barreira saltou e permitiu a passagem da bola por baixo.

Não era o bastante. O zagueiro Felipe, seguro em jogos anteriores, deixou Contrera à frente de Cássio por falta de domínio. Por sorte corintiana, o gol não ocorreu. Mas ele veio depois quanto o mesmo Contrera foi mais veloz do que o zagueiro para aumentar o placar.

Só então com desvantagem de dois gols é que o Corinthians acordou. Passou a correr de forma descoordenada para tentar diminuir. Não conseguiu mais do que uma cabeçada perigosa de Gil.

Ao explicar o gol que tomou, o goleiro Cássio disse que o motivo foi "excesso de confiança" – ele entendia que já tinha feito a defesa e poderia sair com a bola. Bem, talvez, esteja aí a resposta para a pergunta sobre o que aconteceu com o Corinthians. Quem entra em campo achando que conseguirá fazer tudo com facilidade e já pensa no passo seguinte sempre se complica.

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Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.


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