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Dona do Pan quer ajuda da Olimpíada para tirar competição do 2o escalão

rodrigomattos

09/07/2015 06h00

Com uma estrutura atrasada, a Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana), responsável pelos Jogos, tenta se modernizar com a ajuda da Olimpíada. Na edição de Toronto, países como Brasil e EUA mandaram equipes B em várias modalidades, e várias estrelas estão ausentes do Pan. E, no momento, a entidade só tem parceria comercial com a Record sem nenhum outro patrocinador próprio.

O presidente da Odepa, Julio Maglione, tem um plano para modernizar a organização pan-americana que tem estrutura de comunicação precária com uma equipe reduzida. Por anos, a organização foi dirigira pelo mexicano Mario Vasquez Raña, todo-poderoso no México. Após sua morte, Maglione foi eleito para um mandato tampão até o final de 2016.

"A TV Record é nosso único patrocinador. Nós não temos nenhuma marca associada à Odepa. Precisamos reestruturar o escritório, trabalhar com marketing e talvez pensar em novas competições", explicou ele. Outra ideia é tentar uma reforma do estatuto da Odepa.

Mas até o Pan, principal competição da entidade, não vai bem das pernas. As principais estrelas do continente preferem Mundiais ao evento, o que o torna esvaziado. Uma solução proposta por Maglione é aumentar o número de modalidades que sejam classificatórias para a Olimpíada.

Com essa intenção, a Odepa admite até alternar o seu programa, cojunto de modalidades, para o próximo Pan de acordo com o que for decidido para a Olimpíada de Tóquio-2020. "Queremos que tenha mais esportes que qualifiquem para os Jogos para criar interesse nos Comitês Olimpícos. Assim, poderão participar os melhores atletas", analisou Maglione.

O superintendente do COB, Marcus Vinícius Freire, reconheceu que, quanto maior o número de eventos que deem vaga, mais chance de enviar atletas top para o Pan. "Essa é a tendência mundial. Há um excesso de competições, e os atletas têm que dar prioridade a algumas."

Com esse intuito, Maglione reforçou os laços com o presidente do COI, Thomas Bach, que esteve no congresso da Odepa. Ele abriu um canal para ajudar o Pan e os comitês olímpicos nacionais por meio de know-how de marketing.

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Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.


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