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Prass constrói uma grande história palmeirense, da Série B à taça

rodrigomattos

02/12/2015 23h36

"Estou meio atordoado. Tenho que sentar para ver o que estou sentido", bufava Fernando Prass, que pouco antes chorava forte a ponto de se ouvir os soluços. Não era à toa. O goleiro palmeirense construiu uma grande história palmeirense, da Série B para a taça da Copa do Brasil.

Chegou quando o time estava embaixo na Segundona, em 2013, e atravessou agruras com um quase rebaixamento no ano seguinte, tudo quase como um prelúdio para a noite que viveu nesta quarta-feira. Pegou um pênalti e bateu forte sua penalidade para fazer o gol do título sobre o Santos. Tornou-se a figura  marcante do episódio mais marcante até agora do Allianz Parque.

Feitas as contas das duas finais, santistas e palmeirenses só jogaram de fato quando atuaram em casa. O time do litoral, no entanto, esteve um pouco pior no Allianz Parque do que o Palmeiras, na Vila Belmiro. A equipe alvinegra não mostrou o toque de bola que a caracteriza, e foi até um pouco apática.

O time de Marcelo Oliveira marcava bem e saía de forma incisiva em ligações rápidas. Com Barrios em boa noite, fazendo um pivô correto, o time já poderia ter aberto o placar logo no início quando Gabriel Jesus desperdiçou.

Seu gol veio com Dudu no segundo tempo em tabela em que participaram o paraguaio e Robinho. O mesmo Dudu que aumentou o placar em uma bola cruzada da esquerda, quase no final, quando o Santos deu espaço em sua área. O time alvinegro acordou quando lhe faltava pouco tempo: e o fez com o gol de Ricardo Oliveira.

Se não foi brilhante sob o ponto de vista técnica, a decisão foi intensa, emocionante, disputada, com chances de gols. E merecia uma conclusão da mesma forma. Foi o que ocorreu nos pênaltis.

Prass ainda está longe da história de Marcos no Palmeiras, mas já é um sujeito daqueles que desperta simpatia similar ao antigo ídolo até em torcedores rivais tal é sua atitude correta em campo e fora dele. Nada mais justo que fosse o protagonista no título que faz parte da recuperação do clube à elite do futebol nacional.

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Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.


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