Fla conversa com Esporte Interativo, mas prefere modelo da Globo
rodrigomattos
24/01/2016 05h00
A diretoria do Flamengo conversou com o Esporte Interativo sobre o contrato de televisão fechada do Brasileiro para 2019, mas tem uma preferência pelo modelo da Globo de contrato. Explica-se: o EI prevê acordos com distribuição mais igualitária do bolo, mas o Rubro-negro tem vantagem na forma de divisão global. De qualquer maneira, o clube diz não ter pressa para escolher um acordo.
A estratégia do EI foi procurar um bloco de clubes que inclui Grêmio, Internacional, Coritiba, Atlético-PR, Bahia e Santos. Foi atrás ainda do Flamengo e do São Paulo que participaram de conversas.
O Esporte Interativo chegou a apresentar números para o time rubro-negro. A questão é que o seu modelo prevê pequena diferença entre o valor oferecido a um clube e outro, embora os contratos sejam individuais. E os times que negociam com o canal estudam implantar uma divisão com modelo da Liga da Inglaterra, com metade repartido igualmente, e o restante por desempenho técnico e de audiência.
Esse modelo não agrada à diretoria do Flamengo. Os cartolas rubro-negros preferem o sistema em que têm ganhos individuais maiores do que os rivais: esse valor chegará a R$ 170 milhões no ano de 2016. Além disso, dirigentes pregam respeito à Globo por ser um parceiro de vários anos do time.
Só que a questão está longe de ser fechada no clube. A diretoria do Flamengo não tem pressa de finalizar o contrato, e vê como saudável a concorrência pela TV Fechada. Até porque o EI oferece luvas, enquanto a Globo só acena com adiantamentos. No caso da maioria dos times, o valor oferecido pelo EI é bem superior ao da Globosat.
Por isso, dirigentes rubro-negros entendem que a concorrência pode permitir ao clube obter um contrato mais vantajoso do que o do Corinthians, que já fechou com a Globo. Oficialmente, o presidente rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello, disse que não comentará negociações comerciais como a renovação do contrato de televisão.
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Sobre o Autor
Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.
Sobre o Blog
O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.