A onda de críticas à arbitragem do Brasileiro-2015 provocará mudanças no setor para a edição 2016. Além da possibilidade do uso de vídeo em agosto, a entidade já utilizará equipamentos eletrônicos para monitorar a atuação do juiz, e os clubes terão representantes para acompanhar a comissão de arbitragem. Ainda está em estudo a instalação de uma auditoria externa pedida pelos times da Série A.

O aparelho eletrônico adquirido pela CBF chama-se Sportstech. Com ele, a comissão de arbitragem pretende anotar todas as medidas tomadas pelo juiz durante o jogo em um sistema. Ainda faz parte do sistema um equipamento para monitorar os movimentos deles em campo.

"Já fazemos isso com papel, mas agora poderemos ter um equipamento que diz o que o árbitro fez e onde ele estava em campo. Assim, podemos passar para ele: você errou porque estava mal posicionado", explicou o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Sergio Corrêa.

Mas o principal pedido dos clubes é a instalação de uma auditoria externa para a comissão de arbitragem, proposta feita pelo Flamengo em 2015. Essa ideia foi reforçada no Conselho Técnico do Brasileiro. A intenção é saber se a comissão de arbitragem toma medidas que prometeu após erros de juízes. "Teria que ser contratada uma empresa externa para nos acompanhar", contou Corrêa.

Certo é que já haverá uma comissão de representantes de clubes para acompanhar o trabalho da comissão de arbitragem. Serão cinco integrantes indicados que poderão verificar o trabalho da comissão. Não terão possibilidade, no entanto, de interferir.

Apesar das inovações, a CBF mantém a versão de que os números mostram que a atuação dos árbitros em 2016 foi positiva, com mais acertos do que erros.