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Manobras do Inter para se livrar da degola parecem fadadas ao fracasso

rodrigomattos

04/12/2016 05h00

A diretoria do Internacional iniciou desde a semana passada manobras extracampo para tentar evitar o seu rebaixamento. Mas as medidas, no momento, parecem fadadas ao fracasso sem clima para vingarem seja no tapetão, seja politicamente. Essa análise é baseada em conversas do blog com fontes envolvidas no caso.

Primeiro, o clube decidiu ir ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) para alegar irregularidade do jogador Victor Ramos, do Vitória. A CBF, de cara, avisou que o jogador estava regular. O clube colorado insistiu e foi ao tribunal.

O caso está na procuradoria do STJD, mas só se time gaúcho apresentar uma surpresa, um fato novo, conseguirá evitar o arquivamento. É possível. Mas o clima no tribunal é bem desfavorável.

Na quinta-feira, o presidente do Inter, Vitório Píffero, voltou a carga lançando uma campanha para cancelar a rodada final do Brasileiro por conta da tragédia do avião da Chapecoense. Alega que os jogadores do Inter não têm condições psicológicas para jogar. A medida poderia abrir uma brecha para o W.O. coletivo, questionamento do Nacional e virada de mesa.

Mas a ideia foi bem mal recebida pelos outros clubes, fora Figueirense e América-MG, interessados. Tanto que o Internacional sequer teve coragem de apresentar o plano no grupo de advogados de clubes da Série A. Na CBF, também não há nenhum clima ou intenção de cancelar a rodada.

Mais, duas fontes envolvidas com o caso, um delas do STJD, apontaram que mesmo que um WO coletivo vingasse seria mais provável que fosse mantida a atual pontuação do campeonato. Pelo regulamento, todos perderiam por 3 x 0. Neste caso, o Inter seria rebaixado por antecipação.

Pelo cenário atual, o Inter terá de escapar no campo da Série B porque medidas extracampo não tiveram eco no mundo político e jurídico do futebol até agora.

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Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.


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