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Estadual do Rio terá recorde de 15 clássicos, mas público é baixo

rodrigomattos

03/04/2017 04h00

Com as definições dos classificados no 2o turno e às semifinais, o Estadual do Rio de Janeiro terá um total de 15 clássicos, um recorde entre competições similares no Brasil. Isso é causado pela fórmula bizarra do campeonato que gera uma série de jogos – alguns deles irrelevantes – entre os grandes times, Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco. A média de público tem sido baixa nessas partidas.

Pela fase classificatória, o Carioca teve seis clássicos assim como o Paulista. A questão é que a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) decidiu realizar semifinais e final em cada turno, além de semifinais e finais do campeonato.

Assim, já houve dois clássicos extras na Taça Guanabara, e ocorrerão mais três obrigatoriamente no segundo turno. Nas semifinais da Taça Rio, serão Flamengo x Vasco (o terceiro no ano), e Fluminense x Botafogo. Esses jogos não terão nenhum valor para o campeonato pois os quatro times já estão classificados par fases finais do Estadual. Ou seja, é provável que sejam partidas esvaziadas.

Ne fase decisiva do Estadual propriamente dita, serão clássicos em semifinais entre Flamengo x Botafogo, e Fluminense x Vasco. Somadas às decisões do turno e campeonato, chegamos a 15 clássicos. Alguns confrontos podem se repetir quatro vezes no mesmo campeonato.

Em comparação, o Paulista terá um máximo de 12 clássicos se os quatro grandes se classificarem para as semifinais. Neste caso, serão jogos entre times grandes na fase classificatória, pelas semifinais e finais.

Em Minas, haverá um máximo de três clássicos entre Atlético-MG e Cruzeiro, o mesmo número do Gaúchão caso os dois grandes se cruzem em fases mais avançadas. Isso se repete no Paranaense. No Estadual de Pernambuco, haverá um máximo de sete clássicos entre Náutico, Sport e Santa Cruz. Outros Estados como Santa Catarina e Bahia também têm número inferior de jogos entre os grandes locais.

O excesso de clássicos no Rio vulgariza partidas que deveriam ser nobres e reduz seu público. Há jogos sem valor para o campeonato, há jogos em estádios pequenos (Volta Redonda, Cariacica) e há até jogo marcado no horário de compromisso da seleção brasileira (Fluminense x Botafogo).

Como consequência, o maior público foi o Fla-Flu da Taça Guanabara, com 29 mil pessoas. E o segundo jogo que mais atraiu torcedores foi o Flamengo x Vasco, em Brasília, com 28 mil pagantes. Ressalte-se que a falta do Maracanã também tem afetado esses números.

 

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Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.


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