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Atlético-PR 'tropicaliza' modelo inglês com Autuori na chefia do futebol

rodrigomattos

25/05/2017 04h00

Contactado pelo Atlético-PR no ano passado, o técnico Paulo Autuori já pensava em assumir um cargo de chefia no futebol e deixar o campo no Brasil. Aceitou ficar um ano armando o time até que fosse implantado o projeto no clube paranaense. E esse projeto se inspira no modelo inglês adaptado para o Brasil.

"Já estava programado quando o Autuori veio. Ele tinha deixado bem claro que não queria mais ser treinador no Brasil. Aceitou ficar esse ano, mas já tínhamos programado para esse período que seria feita a troca", contou o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-PR, Mauro Celso Petraglia.

Segundo ele, o modelo adotado no clube paranaense é um inglês "tropicalizado". Inspirou-se em casos como os clubes Manchester United (Alex Fergunson), Arsenal (Arsene Wenger) e Liverpool. Por lá, eles cuidam de toda a gestão do futebol, mas auxiliares assumem boa parte dos treinos.

No Atlético-PR, Autuori terá maior poder com a possibilidade de escolher e avaliar o técnico de campo, em cojunto com a diretoria do time paranaense. "Ninguém mudará um técnico sem ouvi-lo", disse Petraglia. A definição de Eduardo Baptista passou pelas mãos de Autuori.

Petraglia faz questão de elogiar o novo técnico do rubro-negro, dizendo que ele caiu no Palmeiras não por conta de seus resultados. "Ele teve 70% de aproveitamento", analisou.

Ao assumir, Baptista terá total liberdade para escalar seus times e usar seus esquemas. Mas a montagem do elenco passa por Autuori e pela direção do clube, sendo que ele participa do processo. Se houver discordância, o treinador tem a palavra final, segundo Petraglia.

Em compensação, o novo executivo Autori terá prerrogativas sobre todo o departamento de futebol, incluindo a divisão de base e negociações de contratações. Esse poder tem relação com uma afinidade entre o que pensa o ex-técnico e Petraglia. Ambos são contestadores de diversos aspectos da estrutura do futebol nacional.

"Claro que a afinidade conta. Teremos que conviver então tem que ter uma ideologia em comum", completou Petraglia. Não é à toa que Autuori aceitou esperar um ano como treinador, enquanto o dirigente aceitou eleva-lo de cargo como era seu projeto.

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Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.


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