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Quase metade dos times da Série A já reclamou da arbitragem da CBF

rodrigomattos

01/08/2017 04h00

Com sete meses do ano, e menos de um turno do Brasileiro, quase metade dos clubes da Série A fez reclamações à arbitragem da CBF. Foram dirigentes de nove times que já fizeram protestos contra supostos erros de árbitros no Nacional ou na Copa do Brasil. A comissão de arbitragem admite a ocorrência de erros graves e tem sofrido com a pressão embora não saiba avaliar se aumentaram os questionamentos.

Levantamento do blog mostra que os seguintes times reclamaram com a entidade por falhas em seus jogos ou por preocupação em 2017: Cruzeiro, Botafogo, Corinthians, Flamengo, Avaí, Bahia, Atlético-PR, Atlético-MG e Fluminense. Foram consideradas apenas reclamações dos dirigentes, e não de técnicos e jogadores que não são necessariamente a voz oficial do clube. O mais recente protesto foi o corintiano sobre o gol anulado com o Flamengo, no domingo.

As reclamações têm surtido pouco efeito na melhora da qualidade da arbitragem. Primeiro, por que não há nenhuma proposta ou pressão pela mudança do sistema. Segundo, a comissão da CBF tem um obstáculo que é não poder usar o árbitro de vídeo. Internamente, membros da arbitragem nacional vêem a tecnologia como a principal solução para afastar os erros graves nos jogos nacionais. Há a certeza de que a situação é insustentável sem o vídeo.

Mas há empecilhos para o projeto andar no Brasil. Primeiro, a CBF não quis investir R$ 15 milhões que seriam necessários para o teste ser executado em 2017, como já aprovado pela Fifa. Além disso, há uma questão sobre o formato da arbitragem de vídeo, a International Board quer cabines e um sistema que é mais caro. No Brasil, a tentativa era baratear e fazer com imagens da Globo que anteciparia os replays.

Neste cenário, ainda não há perspectiva e data certa para o árbitro de vídeo no Brasileiro. Sua implantação também dependerá de uma reunião da International Board em março que decidirá de forma definitiva as regras da nova tecnologia para a Copa-2018. A profissionalização, solução adotada por outras ligas, está descartada na confederação porque o custo é avaliado como elevado.

Como paliativo, a comissão da CBF usa comunicação constante com os árbitros para reforçar instruções, e delegados tentam minimizar a pressão sobre os árbitros. Há um investimento em formação de árbitros novos. De qualquer maneira, não há perspectiva de melhorar de forma significativa sem maior investimento.

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Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.


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